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Como os clubes alemães "desistiram" de contratar brasileiros após o 7 a 1
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Élber, Zé Roberto, Jorginho e Paulo Sérgio marcaram época no Bayern de Munique. O melhor Bayer Leverkusen da história tinha a defesa comandada por Lúcio. E o Borussia Dortmund celebra até hoje os feitos de Amoroso e Júlio César.
O futebol alemão já prestou muitas reverências ao Brasil. Mas, desde que aplicou a inesquecível goleada por 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo-2014, esse encanto parece ter que quebrado.
Os números deixam bem claro como a Bundesliga, a primeira divisão germânica, cada vez tem dado menos valor para os jogadores nascidos no país que, apesar do revés histórico de oito anos atrás, continua sendo o mais vitorioso da história do futebol.
Na temporada 2013/14, a última antes do "Mineiraço", havia 14 atletas brasileiros atuando na elite da Alemanha. Hoje, esse número caiu pela metade (sete) e é o menor desde a virada do século.
Atualmente, o Brasil é apenas a décima escola estrangeira que mais cede jogadores para a Bundesliga. França (35), Áustria (24), Holanda (19), Suíça (17), Dinamarca (15), Bélgica (11), Estados Unidos (11), Espanha (9) e até o Japão (8) viraram exportadores mais férteis.
A importância dos atletas brasileiros na Bundesliga também diminuiu drasticamente no período.
Oito anos atrás, o país contava com dois integrantes do elenco do Bayern de Munique (Rafinha e Dante), campeão daquela temporada, um do Schalke 04 (Felipe Santana), terceiro colocado, e quatro do Wolfsburg (Naldo, Luiz Gustavo, Diego e Felipe Lopes), que ficou em quinto.
Hoje, não tem nenhum titular absoluto nos oito primeiros colocados do Alemão.
O meia-atacante Paulinho até tem começado jogando as últimas partidas do Bayer Leverkusen, terceiro colocado. Mas, ao longo da temporada toda, não foi escalado em nem 33% dos compromissos.
Em toda a primeira divisão alemã, apenas três jogadores brasileiros podem dizer que realmente gozam do status de titular: o zagueiro Tuta (Eintracht Frankfurt) e os laterais esquerdos Danilo Soares (Bochum) e Iago (Augsburg).
Por outro lado, o lateral direito William, ex-Internacional e medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, ainda não foi a campo nesta temporada pelo Wolfsburg, já que ainda se recupera de uma cirurgia no joelho realizada há quase um ano.
Além do baque de imagem provocado pelo 7 a 1, um outro fator explica a queda na procura de brasileiros pelos clubes alemães: os últimos jogadores da terra de Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo que passaram pelos maiores times de lá não foram propriamente exemplos de sucesso.
O Bayern contratou Philippe Coutinho por empréstimo em 2019/20 e lhe cedeu a camisa 10, mas viu o meio-campista ser devolvido ao Barcelona sem conquistar a titularidade. Na temporada seguinte, repetiu a dose com Douglas Costa (Juventus), que passou mais tempo no departamento médico do que em campo.
Já o Dortmund conta com o meia-atacante Reinier (emprestado pelo Real Madrid) no seu elenco desde a temporada passada. Mas, ao longo desse último um ano e sete meses, o ex-jogador do Flamengo jogou somente três partidas como titular e fez um único golzinho.
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