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Por que trio de estrelas do PSG emplacou 'tarde demais' na temporada?
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Nos últimos cinco jogos do Paris Saint-Germain, Kylian Mbappé e Neymar marcaram sete gols cada. Lionel Messi, por sua vez, teve participação direta em quatro jogadas que terminaram com a bola estufando as redes adversárias.
Demorou quase uma temporada inteira, mas o trio de ataque mais estrelado do planeta, parece, enfim, ter conseguido decolar.
Para azar do PSG isso só aconteceu depois de o clube já ter sido eliminado da Liga dos Campeões da Europa, sua obsessão anual, e ter como único prêmio de consolação a briga pelo título francês —será campeão amanhã, com cinco rodadas de antecipação, se derrotar o Angers e o Olympique de Marselha não bater o Nantes.
O fortalecimento da trinca formada pelo heptcacampeão da Bola de Ouro (Messi), pelo duas vezes terceiro colocado nas eleições da Fifa (Neymar) e pelo mais forte candidato a um futuro prêmio de melhor do mundo (Mbappé) tem dois motivos principais.
O primeiro é a recuperação física de Neymar. O camisa 10 ficou mais de dois meses fora de ação devido a uma contusão no tornozelo e só retornou à ação às vésperas do confronto decisivo contra o Real Madrid, pelas oitavas da Champions.
Com pouco ritmo, foi pouco útil no mata-mata que eliminou os franceses (tanto que, pela primeira vez na carreira, terminou a competição interclubes mais badalada do planeta sem ter marcado sequer um golzinho).
Mas, depois que entrou os eixos e retomou a velha forma, Neymar voltou a ser decisivo como nos seus primeiros anos em Paris. E a prova disso é que, apenas nesses últimos cinco jogos, ele já balançou as redes mais vezes do que em todo o restante da temporada.
Além da melhoria das condições físicas do brasileiro, a queda na Champions foi o outro fator que fez o trio de astros do PSG começar a dar um pouquinho do resultado que seus milhões de fãs espalhados pelo mundo imaginavam que eles seriam capazes.
Enquanto estavam envolvidos na competição continental, Messi, Neymar e Mbappé levavam as partidas da Ligue 1 em "banho-maria" e, na maioria das vezes, faziam o mínimo esforço necessário para sair de campo com os três pontos.
Em contrapartida, quando atuavam na Champions, sofriam como o desequilíbrio tático do PSG: um time em que faltavam jogadores para defender (já que os três astros pouco participam dos trabalhos de recuperação de bola) e também para atacar (os outros atletas de linha não podiam se lançar tanto à frente para não desfigurar o já frágil sistema de marcação).
Essa deficiência tática não foi amenizada pelo técnico Mauricio Pochettino desde a queda no torneio europeu. Mas, a bem da verdade, não precisa.
Tendo seus três maiores astros "a fim de jogo" e levando todas as partidas a sério, o Paris Saint-Germain é tão superior tecnicamente a qualquer outro time da França que esse desequilíbrio normalmente não chega a lhe provocar danos.
E isso explica por que a formação com Neymar, Messi e Mbappé juntos agora está rendendo tanto.
Com 15 pontos de vantagem para o vice-líder Olympique de Marselha, o PSG tem mais seis compromissos para tentar somar os quatro pontos necessários para ser campeão sem depender de nenhum tropeço do rival.
Além do confronto contra o Angers, eles ainda enfrentam Lens, Strasbourg, Troyes, Montpellier e Lens.
Desde que foi comprado pelo governo do Qatar e se tornou um dos novos ricos do futebol europeu, os parisienses só não faturaram o título em três edições da Ligue 1 (em todas elas, acabou na segunda colocação). Em 2011/12, a temporada de estreia do projeto, o Montpellier ficou com a taça. Em 2016/17, foi a vez do Monaco surpreender. E, no ano passado, deu Lille.
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