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Punições da Fifa protegem Palmeiras, que deve manter Endrick até 2024
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Sensação do Palmeiras na inédita conquista da Copa São Paulo de Juniores, no começo do ano, e protagonista da seleção brasileira sub-17 que acabou de vencer o Torneio de Montaigu, na França, Endrick já é visto pelo primeiro escalão europeu como aposta quase certeira de futuro craque.
Não à toa, clubes do porte de Barcelona, Real Madrid, Manchester United, Liverpool, Manchester City e Juventus vêm acompanhando de perto seus passos e estudando a possibilidade de investir na sua contratação.
Mas a boa notícia para o torcedor palmeirense é que, apesar do interesse demonstrado por várias das maiores potências futebolísticas do planeta, o jovem atacante tem tudo para continuar no Allianz Parque por pelo menos mais dois anos.
De acordo com o regulamento de transferências da Fifa, um jogador só pode trocar o clube do seu país de origem por outro do exterior depois que completa 18 anos. Há algumas exceções (especialmente para cidadãos da União Europeia), mas nenhuma delas se aplica a Endrick.
O camisa 9 ainda é um garoto de 15 anos, que nem contrato profissional com o Palmeiras possui. Ele só completará a maioridade em 21 de julho de 2024, bem no meio da janela de transferências da temporada 2024/25.
Os times europeus até podem contratá-lo antes disso. Mas a transferência só será realmente efetivada, dando a Endrick a possibilidade de disputar partidas oficiais por uma equipe estrangeira, depois do seu 18º aniversário.
Foi exatamente esse o mecanismo utilizado pelo Real Madrid para contratar Vinícius Júnior, hoje uma das principais peças do elenco semifinalista da Liga dos Campeões da Europa.
O contrato da venda dos direitos do jogador para o clube espanhol foi assinado pelo Flamengo em maio de 2017, quando o atacante ainda tinha 16 anos. No entanto, o jogador só foi definitivamente para a Espanha quando atingiu a maioridade.
Durante um ano e dois meses, Vini continuou atuando normalmente pela equipe rubro-negra, mesmo sabendo que seu futuro já estava selado. Situação que pode acabar se repetindo com Endrick, no Palmeiras.
O veto às transferências internacionais de jogadores menores de idade não chega a ser uma novidade na regulamentação de negócios futebolísticos. Porém, durante muito tempo, a Fifa fez vistas grossas a ela.
Mas esse cenário vem mudando nos últimos anos. Atlético de Madri, Barcelona, Chelsea e Real Madrid são alguns dos clubes importantes que foram punidos recentemente por burlar essa regra.
Atual vencedor da Champions, o Chelsea foi proibido em 2019 de contratar novos jogadores durante duas janelas de transferências porque a Fifa encontrou 29 violações à regra que proíbe o registro de menores estrangeiros em suas categorias de base. E o clube já era reincidente nesse tipo de fraude.
No meio da década passada, o Barça também chegou a levar um transfer ban, mas exclusivo para estrangeiros, por conta dessas irregularidades, e precisou dispensar uma série de adolescentes que estavam ilegalmente em sua base.
Um desses jogadores liberados por ação da Fifa foi o meia-atacante Takefusa Kubo, na época apelidado de "Messi japonês", que atualmente é contratado do Real Madrid e está emprestado ao Mallorca.
Endrick é o principal nome da seleção brasileira que está no início da preparação visando o Mundial sub-17 de 2023, que será disputado no Peru. No Torneio de Montaigu, encerrado na última segunda e que reuniu algumas das mais tradicionais forças da categoria, o atacante do Palmeiras foi campeão, artilheiro (cinco gols) e craque do campeonato.
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