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Lewandowski, Bernardo Silva e brasileiros: os alvos do Barcelona na janela
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O Barcelona vive tempos de mudança. Na recém-encerrada temporada, passou um semestre sendo a "viúva de Lionel Messi" e acumulando derrotas atrás de derrotas enquanto lamentava a saída do maior jogador da sua história. Depois da virada do ano, foi em busca de caras novas, remontou sua equipe e voltou a se comportar como um dos grandes do futebol espanhol.
O plano do técnico Xavi Hernández, um dos acertos de 2021/22, é levar o projeto de reconstrução culé a um novo patamar para voltar a brigar com o Real Madrid pelo título da La Liga e, mais importante ainda, ser novamente relevante na Liga dos Campeões.
Para isso, o Barça aposta tudo na contratação de um reforço com pedigree de melhor jogador do mundo, Robert Lewandowski. E, para auxiliá-lo na função de colocar o clube outra vez na prateleira de cima da Europa, planeja também fazer uma completa revolução no seu tradicionalmente criticado sistema defensivo.
Quem chega?
Apesar da crise financeira que enfrenta há já alguns anos, a mesma que fez Messi ir embora para o Paris Saint-Germain, o Barcelona planeja uma janela de transferências repleta de contratações.
De acordo com diferentes veículos da imprensa espanhola, dois reforços já estão assegurados. O zagueiro dinamarquês Andreas Christensen (Chelsea) e o meia marfinense Franck Kessié (Milan) assinaram pré-contratos com o clube culé e serão anunciados nas próximas semanas.
Mas a grande missão catalã nesta edição do Mercado da Bola é convencer o Bayern de Munique a não perder Lewandowski gratuitamente daqui a um ano e liberá-lo por um preço acessível agora. A equipe blaugrana tem um importante aliado nesse objetivo, o próprio vencedor das duas últimas edições do "The Best", que tem falado abertamente que sua intenção é se mudar para a Espanha no segundo semestre.
Por enquanto, divergências econômicas impedem que o negócio seja fechado. A última proposta do Barça pelo polonês foi de 32 milhões de euros (R$ 167 milhões). E o Bayern não abre mão de receber pelo menos 40 milhões de euros (R$ 209 milhões).
Lewandowski não é o único alvo do Barça para o setor ofensivo. Com a provável saída de Ousmane Dembélé, o clube também busca um nome para ocupar a faixa direita do seu ataque. O brasileiro Raphinha, destaque do Leeds United, é o favorito.
Além de Kessié, o meio-campo culé também pode receber mais um reforço, especialmente se Frenkie de Jong for embora. Velho desejo do presidente Joan Laporta, o português Bernardo Silva (Manchester City) é o preferido. Outro luso, Rúben Neves (Wolverhampton), fica como plano B.
Só que é na defesa que o Barcelona planeja as maiores mudanças. O já contratado Christensen pode ter como companheiro de zaga uma outra cara no Camp Nou, o senegalês Kalidou Koulibaly, destaque do Napoli.
As duas laterais também podem ter mudanças. Na direita, César Azplicueta, capitão do Chelsea, e o brasileiro Dodô (Shakhtar Donetsk) são os nomes mais cotados. Já na esquerda, Marcos Alonso, também campeão europeu em 2020/21 com o Chelsea, é a única opção analisada.
Quem sai?
Apesar do projeto ambicioso para se reerguer no cenário internacional, o Barça corre risco de entrar na próxima temporada sem duas das peças mais importantes da reação protagonizada pela equipe nos últimos meses.
O longo imbróglio sobre a renovação de contrato do ponta francês Dembélé ainda não chegou ao fim, e o camisa 7 está livre para decidir em qual clube irá jogar (as opções mais prováveis são o Paris Saint-Germain e uma reviravolta que o mantenha na Catalunha).
Outra peça-chave com quem Xavi ainda não sabe se poderá continuar contando é o meia holandês De Jong. Jogador mais assediado do Barça nesta janela, ele é alvo do Manchester United, agora treinado por Erik ten Hag, seu antigo comandante no Ajax.
Ao contrário dos dois titulares, os outros nomes cotados para irem embora do clube não são tão importantes assim no planejamento culé.
O goleiro Neto quer se transferir para um time em que seja titular e pode até mesmo retornar ao Brasil. Daniel Alves ainda não renovou contrato e, se o fizer, será apenas até dezembro. E o zagueiro francês Samuel Umtiti está sempre disponível no mercado (o Barça sonha negociá-lo, mas não consegue convencê-lo a abrir mão do salário milionário para jogar em alguma equipe onde teria rendimentos mais modestos).
Quem volta?
Os dois jogadores mais conhecidos do Barcelona que estavam emprestados na última temporada já estão com a situação resolvida... ou quase.
O meio-campista brasileiro Philippe Coutinho, inicialmente cedido ao Aston Villa, teve os direitos econômicos comprados por 20 milhões de euros (R$ 105 milhões) pelo clube inglês.
Já o atacante francês Antoine Griezmann ainda não teve oficialmente confirmada sua permanência no Atlético de Madri. Mas, de acordo com o próprio presidente colchonero, não existe nenhum entrave ao negócio e o francês continuará na capital espanhola em 2022/23.
O meia Miralem Pjanic (Besiktas) e o português Francisco Trincão (Wolverhampton) estão fora dos planos de Xavi e o mais provável é que sejam novamente cedidos. No caso do luso, há uma negociação encaminhada com o Sporting. Quanto ao bósnio, não está nada fácil encontrar um time interessado em levá-lo embora.
De todos os atletas pagos pelo Barça que passaram os últimos meses longe do Camp Nou, o único que deve ser reintegrado ao elenco é o goleiro Iñaki Peña. Depois de passar um semestre ganhando experiência no Galatasaray, o espanhol brigará com Neto (caso o brasileiro não seja negociado e deixe o caminho livre para ele) pelo posto de reserva imediato de Marc-André ter Stegen.
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