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Como Gabriel Jesus se transformou em sensação da pré-temporada na Europa
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Quatro gols em quatro jogos. Os primeiros dias de Gabriel Jesus com a camisa do Arsenal têm sido dignos dos 52,2 milhões de euros (R$ 287,6 milhões) que o clube londrino investiu para contratá-lo.
O atacante de 25 anos, que até o começo do mês passado ainda integrava o elenco do Manchester City, tem sido um dos principais destaques do futebol europeu neste período de amistosos preparatórios para os campeonatos de 2022/23.
O camisa 9 já estreou na pré-temporada marcando duas vezes contra o Nuremberg (5 a 3). Depois, fez um gol contra o Everton (2 a 0). Na sequência, ganhou um descansinho e participou apenas do segundo tempo da vitória sobre o Orlando City (3 a 1).
No último sábado, abriu o caminho para a goleada sobre o Chelsea (4 a 0), com um golaço em que encobriu o goleiro Édouard Mendy, e foi ovacionado pela torcida quando foi substituído, na etapa final.
"Ele cria caos, caos e incerteza. Está sempre nas suas costas, sempre tentando roubar a bola de você. Está sempre na frente do gol. Ele é uma ameaça real, e é isso que nós precisamos. Assim que perdemos a bola, ele já reage imediatamente, colocando pressão e fazendo o time vir atrás dele", elogiou o técnico espanhol Mikel Arteta, que dirige o Arsenal desde 2019.
O belo início de trajetória de Jesus em Londres contrasta com a reta final da sua passagem pelo Manchester City, o primeiro time que defendeu na Europa. Apesar de ter marcado 95 vezes em 233 partidas (uma média bem aceitável de 0,41 tento por jogo) durante os cinco anos e meio que esteve no clube, o brasileiro era cada vez mais visto como uma peça descartável pelo técnico Pep Guardiola.
Na temporada passada, o atacante só foi escalado como titular em três dos 12 compromissos do City na Liga dos Campeões da Europa, a competição que é sempre tratada prioridade número um do clube. Como seu espaço no atual vencedor da Premier League inglesa ficaria ainda mais reduzido com as contratações do argentino Julián Álvarez e, especialmente, do astro norueguês Erling Haaland, Jesus pediu para sair.
Por isso, a proposta feita pelo Arsenal para levá-lo embora foi prontamente atendida.
Além de ir para um time em que já desembarcou com o posto de novo protagonista do setor ofensivo meio que garantido, o brasileiro não precisou se transferir para um outro país e encarar um período de adaptação a um futebol que desconhece, um fator a ser considerado por quem pretende disputar a Copa do Mundo-2022.
Além de Gabriel Jesus, o clube de Londres contratou outros quatro reforços para as competições de 2022/23: o goleiro norte-americano Matt Turner (New England Revolution), o lateral esquerdo ucraniano Oleksandr Zinchenko (Manchester City) e os meias-atacantes Fábio Vieira (Porto) e Marquinhos (São Paulo).
No total, os "Gunners" investiram 132,1 milhões de euros (R$ 732,3 milhões) em caras novas para melhorar o elenco à disposição de Arteta. Nenhum outro clube em todo o planeta gastou mais que eles nesta janela de transferências.
O Arsenal encerra sua pré-temporada no sábado, contra o Sevilla, em jogo que vale o troféu do torneio amistoso Copa Emirates. No dia 5, estreia no Campeonato Inglês frente ao Crystal Palace, fora de casa.
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