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Na Libertadores, Palmeiras de Abel já é melhor até que Santos de Pelé
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O Palmeiras dirigido pelo português Abel Ferreira já é melhor que o histórico time do Santos que era liderado dentro de campo por Pelé... pelo menos, nos resultados obtidos na Copa Libertadores da América.
A épica vitória nos pênaltis sobre o Atlético-MG (com apenas nove jogadores em campo), na última quarta-feira, classificou a equipe alviverde para a sua terceira semifinal consecutiva e manteve o treinador luso invicto de eliminações no torneio interclubes mais importante da continente.
Abel ficou com o título das duas Libertadores já encerradas desde que desembarcou no Brasil, em novembro de 2020, e está invicto na atual edição da competição.
Sob seu comando, o Palmeiras disputou até o momento 30 partidas do torneio continental e obteve 23 vitórias, cinco empates e somente duas derrotas (que em nada mudaram o destino do time). Seu aproveitamento é superior a 82% dos pontos colocados em jogo.
Nem mesmo o Santos que marcou época com Pelé entre as décadas de 1950 e 1970, e que é tratado como o melhor time de futebol que o Brasil já produziu, conseguiu fazer tanto sucesso assim na Libertadores.
A equipe alvinegra disputou quatro edições da competição sul-americana durante o período em que teve à disposição o "Rei do Futebol". Em 1962 e 1963, ficou com título. Nos dois anos seguintes, parou nas semifinais.
O aproveitamento do Santos em Libertadores na "era Pelé" foi de 71,4% (considerando a forma de pontuação atual, com três pontos por vitória e um por empate). O número é expressivo, mas não chega nem perto de ameaçar a atual marca palmeirense.
Além do Palmeiras de Abel e do Santos de Pelé, apenas um outro clube brasileiro conseguiu emendar dois títulos continentais consecutivos: o São Paulo, dirigido por Telê Santana, que faturou a taça em 1992 e 1993 e, de quebra, foi vice-campeão em 1994.
Mas o time do Morumbi, apesar de ter ido a três decisões na primeira metade da década de 1990, também passa longe do aproveitamento atual ostentado pelo seu rival alviverde. Nos "anos Telê", a equipe obteve 61,1% dos pontos que disputou.
A diferença que pesa contra Abel é que tanto o Santos de Pelé quanto o São Paulo de Telê aproveitaram seus títulos de Libertadores para ganhar também o Mundial de Clubes, algo que o português ainda não conseguiu com o Palmeiras.
Na sua primeira aparição no torneio, o conterrâneo de Cristiano Ronaldo não chegou nem à final e terminou na quarta posição (foi derrotado por Monterrey e Al-Ahly). Já no começo deste ano, conseguiu arrastar a decisão contra o Chelsea até a prorrogação, mas acabou perdendo por 2 a 1.
Antes de voltar novamente as atenções para a corrida pelo terceiro título consecutivo da Libertadores, um feito inédito para brasileiros, o Palmeiras tem três jogos decisivos da Série A nos próximos 16 dias.
Líder da competição, com 45 pontos conquistados em 21 rodadas, a equipe alviverde encara amanhã o dérbi contra o Corinthians, segundo colocado, que tem 39. Na sequência, enfrenta Flamengo (5º, com 36) e Fluminense (3º, com 38).
Como já vem acontecendo desde 2019, a final do torneio mais importante da América do Sul será novamente disputado em jogo único. Desta vez, a decisão está programada para o dia 29 de outubro, no estádio Monumental de Guayaquil, no Equador.
O vencedor do continental representará o continente na próxima edição do Mundial de Clubes, que ainda não tem local nem data para acontecer (não poderá ser disputado em dezembro por conta da Copa do Qatar-2022). Três times já estão classificados para o torneio da Fifa: Real Madrid, Wydad Casablanca e Seattle Sounders.
Na Libertadores
PALMEIRAS, de Abel Ferreira
desde 2020
2 títulos
30 jogos
23 vitórias
5 empates
2 derrotas
82,2% de aproveitamento
SANTOS, de Pelé
1962 a 1965
2 títulos
21 jogos
14 vitórias
3 empates
4 derrotas
71,4% de aproveitamento
SÃO PAULO, de Telê Santana
1992 a 1994
2 títulos
30 jogos
16 vitórias
7 empates
7 derrotas
61,1% de aproveitamento
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