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Em guerra com Mbappé, Neymar vive melhor início de temporada da carreira
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Não é somente nos vestiários (e na hora de cobrar pênaltis) que Neymar tem brigado com Kylian Mbappé pelo papel de protagonista do Paris Saint-Germain.
Ofuscado pelo camisa 7 nos últimos anos e só ainda vivendo na capital francesa por falta de clubes interessados em tirá-lo de lá, o jogador mais caro da história do futebol voltou das férias "on fire" e está fazendo o melhor começo de temporada de toda sua carreira.
O craque brasileiro, que hoje visita o Lille, a partir das 15h45 (de Brasília), pela terceira rodada da Ligue 1, participou ativamente de oito gols em suas três primeiras aparições pela equipe parisiense em 2022/23.
Neymar marcou duas vezes na goleada por 4 a 0 sobre o Nantes, pelo Troféu dos Campeões, partida que marcou a abertura oficial da temporada do PSG. Depois, fez um gol e três assistências no 5 a 0 contra o Clermont e meteu mais duas bolas nas redes no 5 a 2 sobre o Montpellier, já pelo campeonato nacional.
Desde que estreou como jogador profissional, quando ainda era um adolescente, lá em 2009, pelo Santos, o astro jamais havia sido tão produtivo nos seus 270 minutos iniciais de futebol em uma temporada.
A melhor largada de Neymar havia sido dada em 2016/17, seu ano de despedida do Barcelona. Na ocasião, o atacante iniciou a jornada com dois gols e cinco passes para seus companheiros marcarem (sete participações) em três partidas.
Em compensação, na temporada passada, já pelo PSG, o camisa 10 descolou apenas um golzinho no trio inicial de jogos que disputou.
Era o prenúncio de um ano que seria catastrófico, o único da sua carreira na Europa sem balançar as redes na Liga dos Campeões e sem entrar no primeiro corte da lista de indicados à Bola de Ouro, o prêmio de melhor do mundo organizado pela revista "France Football".
Foi por conta desse desempenho abaixo da crítica e do histórico de lesões e falta de comprometimento que o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, colocou Neymar à venda nesta janela de transferências. Como não surgiu nenhum clube interessado em arcar com seu salário milionário, o brasileiro acabou permanecendo no elenco.
Talvez mordido pela situação, o camisa 10 entrou na temporada da Copa do Mundo do Qatar-2022 comandando os shows proporcionados pela equipe agora comandada pelo técnico Christophe Galtier e incomodando Mbappé, transformado em "todo poderoso" em Paris depois que recusou proposta do Real Madrid para continuar no clube.
A guerra de egos virou de vez um fato público no último fim de semana. Após a partida contra o Montpellier, em que Mbappé perdeu um pênalti (o primeiro sofrido pela equipe) e Neymar (que até a última temporada era o responsável pelas cobranças) converteu outro, o brasileiro curtiu postagens no Twitter com indiretas ao companheiro de ataque.
Apesar do melhor momento vivido pelo brasileiro, Galtier ficou do lado de Mbappé nessa disputa e deixou isso claro em entrevista concedida na sexta-feira.
"É importante para nossos atacantes marcar gols, para a confiança deles. Mas há situações de jogo, e cabe aos jogadores serem inteligentes para desaparecer quando necessário para dar confiança aos parceiros. Essa não foi realmente a mentalidade de Neymar no último fim de semana", disse o treinador.
Além do PSG, somente o Lyon venceu as duas primeiras partidas que disputou nesta temporada do Francês. O time financiado pelo governo do Qatar e que conta com Neymar, Mbappé e Lionel Messi ganhou oito das últimas dez edições da liga nacional -em 2017, deu Monaco, e, em 2021, Lille.
Neymar nos primeiros 3 jogos da temporada
2022/23 (PSG): participação em 8 gols (5 dele e 3 assistências)
2021/22 (PSG): participação em 1 gol (1 dele)
2020/21 (PSG): participação em 3 gols (2 dele e 1 assistência)
2019/20 (PSG): participação em 2 gols (2 dele)
2018/19 (PSG): participação em 3 gols (2 dele e 1 assistência)
2017/18 (PSG): participação em 6 gols (3 dele e 3 assistências)
2016/17 (Barcelona): participação em 7 gols (2 dele e 5 assistências)
2015/16 (Barcelona): participação em 1 gol (1 dele)
2014/15 (Barcelona): participação em 2 gols (2 dele)
2013/14 (Barcelona): participação em 1 gol (1 dele)
2013 (Santos): participação em 5 gols (4 dele e 1 assistência)
2012 (Santos): participação em 5 gols (4 dele e 1 assistência)
2011 (Santos): não participou de gols
2010 (Santos): participação em 3 gols (2 dele e 1 assistência)
2009 (Santos): participação em 1 gol (1 dele)
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