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Como shows de Neymar e novo técnico fazem do PSG o melhor ataque da Europa
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Quatro gols contra o Nantes, no Troféu dos Campeões, cinco frente o Clermont, na estreia do Campeonato Francês, mais cinco sobre o Montpellier e sete no Lille, nas rodadas seguintes do torneio nacional.
Depois de uma primeira temporada do trio de estrelas formado por Kylian Mbappé, Lionel Messi e Neymar marcada pelo cheiro da decepção, o Paris Saint-Germain agora pode voltar a dizer que tem o melhor ataque do mundo... E até provar com números.
Dentre os times que disputam as sete principais ligas nacionais da Europa (Inglês, Espanhol, Italiano, Alemão, Francês, Português e Holandês, de acordo com o ranking de coeficientes da Uefa), o PSG é o que possui o sistema ofensivo mais produtivo neste começo de temporada.
A equipe parisiense já meteu 21 bolas nas redes em apenas quatro partidas disputadas. O holandês AZ Alkmaar, segundo colocado no ranking, marcou o mesmo número de gols, mas já foi a campo em sete oportunidades.
Neymar tem sido a grande estrela do ataque do PSG nesta largada de 2022/23. O craque brasileiro já marcou sete vezes, três a mais que os vice-artilheiros Messi e Mbappé. Achraf Hakimi (2), Sergio Ramos, Marquinhos e Renato Sanches completam a conta.
É verdade que a grande diferença técnica existente entre os parisienses e os outros times da França facilitam bastante a vida dos atuais campeões da Ligue 1. Mesmo assim, é absurdo o salto de produtividade da temporada passada para a atual.
Em 2021/22, o PSG disputou 50 partidas oficiais e balançou as redes adversárias em 112 oportunidades, uma média de 2,24 gol a cada 90 minutos de futebol. Neste comecinho de temporada, a frequência de comemorações está em 5,2 por jogo.
A sede de gols dos franceses está tão grande que conseguiu passar por cima até mesmo da guerra nos vestiários travada por Neymar e Mbappé. Na primeira partida depois de o desentendimento entre os dois craques se tornar público, eles lideraram o time na vitória por 7 a 1 no Lille, domingo, com direito a três bolas nas redes do camisa 7 e mais duas do brasileiro.
O começo da temporada 2022/23 já é o melhor da carreira de Neymar, que acumula sete gols e seis assistências em 360 minutos em campo (fora os acréscimos). É também uma resposta do astro ao desejo não concretizado do presidente Nasser Al-Khelaifi de negociá-lo nas últimas férias.
Além do "renascimento" do craque brasileiro, que marcou apenas 13 gols na temporada passada, um outro fator ajuda a explicar o crescimento de produção do PSG: a troca do técnico Mauricio Pochettino por Christophe Galtier.
Último treinador a impedir um título francês dos parisienses (Lille-2021), ele mudou o desenho tático da equipe e passou a escalá-la com três zagueiros (Marquinhos, Sergio Ramos e Presnel Kimpembe). Com isso, ao mesmo tempo deu mais liberdade aos alas Achraf Hakimi e Nuno Mendes para ajudarem o ataque e diminuiu a quantidade de trabalho defensivo que o trio de ataque precisa fazer, poupando-os para gastar a energia quando tiverem a posse de bola.
"Tivemos jogadores que voltaram antes mesmo do início da pré-temporada e outros que trabalharam muito durante as férias, às vezes por conta de objetivos pessoais [como a Copa do Mundo-2022, que será jogada entre novembro e dezembro]. Senti muito rapidamente que os jogadores queriam começar o campeonato com muita força", explicou Galtier, no domingo.
Campeão em oito das dez últimas temporadas na França, o PSG é o único time que venceu todos os seus compromissos nas três primeiras rodadas da Ligue 1 e, por isso, já lidera isoladamente a competição. No domingo, defende seu 100% de aproveitamento contra o Monaco, no Parc des Princes.
Melhores ataques da temporada
1 - Paris Saint-Germain (FRA): 21 gols (4 jogos)
2 - AZ Alkmaar (HOL): 21 gols (7 jogos)
3 - Bayern de Munique (ALE): 20 gols (4 jogos)
4 - PSV Eindhoven (HOL): 20 gols (6 jogos)
5 - Borussia Mönchengladbach (ALE): 15 gols (4 jogos)
6 - Benfica (POR): 14 gols (5 jogos)
7 - Ajax (HOL): 13 gols (4 jogos)
8 - Twente (HOL): 12 gols (5 jogos)
9 - Porto (POR): 12 gols (4 jogos)
Braga (POR): 11 gols (3 jogos)
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