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Venda para o Grupo City pode 'melar' se Bahia não subir para a Série A?
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Os sucessivos atrasos no anúncio da venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Bahia para o City Football Group têm deixado os torcedores da equipe nordestina com uma pulga atrás da orelha.
Uma das suspeitas mais recorrentes é que o conglomerado dono do Manchester City e de outros dez times espalhados por quatro continentes está aguardando a definição da Série B do Campeonato Brasileiro para decidir se irá mesmo investir no clube.
O temor é que o Grupo City tenha optado por vincular o negócio ao acesso imediato do Bahia para a primeira divisão nacional e que opte por não concretizar o acordo caso os comandados do técnico Enderson Moreira permaneçam por mais um ano fora da elite.
Os rumores surgiram após duas possíveis datas do anúncio do início da parceria entre o clube de Salvador e o fundo árabe terem sido atingidas sem que nada de concreto fosse relevado ao público.
Inicialmente, a ideia era que o conglomerado assumisse o controle do departamento de futebol do Bahia ainda no primeiro semestre deste ano. Quando esse prazo estourou, passou a circular a história de que o acordo seria concretizado em agosto, o que também não aconteceu.
O "Blog do Rafael Reis" apurou com fontes ligadas ao Grupo City que o acerto com a equipe brasileira é iminente e não depende de nenhum tipo de resultado esportivo. O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, também já declarou algumas vezes que o time não precisa necessariamente subir à Série A para receber o investimento externo.
Assim, os atrasos em relação ao cronograma inicial não significam um real problema a ser contornado. Eles estão ligados à parte burocrática do contrato que está sendo produzido pelos advogados das duas partes para ser firmado em um futuro próximo.
O Bahia é o vice-líder da Série B, atrás apenas do Cruzeiro. Ou seja, neste momento está dentro do grupo de acesso à primeira divisão nacional (os quatro melhores de 2022 são promovidos para o campeonato de 2023). Mesmo assim, ainda não tem a promoção matematicamente assegurada.
O fundo árabe deve adquirir 90% da SAF por R$ 650 milhões. O plano original é que esse aporte financeiro seja repassado ao clube até o fim de 2024. No entanto, é possível que aconteça um reposicionamento de prazos devido aos atrasos no começo da nova gestão.
Já está definido que, ao contrário do que aconteceu com outros times do conglomerado, como o Montevideo City (Uruguai) e o Melbourne City (Austrália), o Bahia não precisará mudar de nome e nem sofrerá drásticas mudanças na identidade visual.
Ou seja, não existe nenhuma possibilidade de ele ser rebatizado como Salvador City (uma piada recorrente nas redes sociais) e de abdicar das cores vermelha e branca. O uniforme azul celeste, característico da empresa, pode até ser adotado em algumas partidas, mas sempre como opção às camisas já tradicionais, que continuarão sendo utilizadas.
O City Football Group existe desde 2013, mas seu embrião nasceu em 2008, quando o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, integrante da família real de Abu Dhabi, comprou o Manchester City. Desde a aquisição, a equipe inglesa, que estava longe de ser uma das maiores potências do seu país, já faturou seis títulos da Premier League e chegou uma vez à decisão da Liga dos Campeões da Europa.
Contando todos os times da empresa, já são 47 taças levantadas em oito países diferentes. Só Lommel (Bélgica), Sichuan Jiuniu (China) e o recém-comprado Palermo (Itália) não foram campeões de nada desde que entraram para a "família".
O conglomerado iniciou os estudos para a entrada no futebol brasileiro no começo de 2020, quando teve uma reunião com dirigentes do Londrina. No ano seguinte, a administração do fundo conversou com o Atlético-MG. Mas o escolhido para o negócio ser concretizado acabou mesmo sendo o Bahia.
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