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Bahia fecha acordo com Grupo City; eleição com sócios definirá venda da SAF
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Após meses de negociação, a diretoria do Bahia chegou a um acordo com o City Football Group para a venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube para o conglomerado dono do Manchester City e de outros dez times espalhados por quatro negócios.
Agora, caberá aos sócios da agremiação nordestina decidirem em assembleia se querem que o fundo ligado à família real dos Emirados Árabes Unidos assuma o comando do time, que atualmente briga para retornar à primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
A eleição que definirá a provável conclusão do negócio (o movimento de resistência a ele é muito pequeno entre os torcedores) ainda não tem data marcada. No entanto, os trâmites para a realização do pleito terão início ainda nesta semana.
Na sexta-feira, a proposta feito pelo Grupo City será formalmente apresentada ao Conselho Deliberativo do Bahia. Será ele, junto com o Conselho Fiscal, que produzirá um parecer recomendando aos sócios a aprovação ou reprovação do negócio.
O acordo vem sendo costurado desde o início do ano. Pela previsão original do fundo árabe, a ideia era ingressar no mercado brasileiro e assumir o comando da equipe tricolor ainda no meio deste ano, entre junho e julho. No entanto, questões econômicas relativas a dívidas do passado e detalhes jurídicos atrasaram o cronograma inicial.
O Bahia ocupa a terceira colocação da Série B do Brasileiro. Com 51 pontos, tem seis de vantagem para o Londrina, primeiro time fora da zona de acesso à elite nacional. Neste sábado, recebe o Operário (PR), em jogo válido pela 31ª rodada da competição (de um total de 38).
O fundo árabe irá adquirir 90% da SAF por R$ 650 milhões. O plano original é que esse aporte financeiro seja repassado ao clube até o fim de 2024. No entanto, é possível que aconteça um reposicionamento de prazos devido aos atrasos no começo da nova.
Já está definido que, ao contrário do que aconteceu com outros times do conglomerado, como o Montevideo City (Uruguai) e o Melbourne City (Austrália), o Bahia não precisará mudar de nome e nem sofrerá drásticas mudanças na identidade visual.
Ou seja, não existe nenhuma possibilidade de ele ser rebatizado como Salvador City (uma piada recorrente nas redes sociais) e de abdicar das cores vermelha e branca. O uniforme azul celeste, característico da empresa, pode até ser adotado em algumas partidas, mas sempre como opção às camisas já tradicionais, que continuarão sendo utilizadas.
O City Football Group existe desde 2013, mas seu embrião nasceu em 2008, quando o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, integrante da família real de Abu Dhabi, comprou o Manchester City. Desde a aquisição, a equipe inglesa, que estava longe de ser uma das maiores potências do seu país, já faturou seis títulos da Premier League e chegou uma vez à decisão da Liga dos Campeões da Europa.
Contando todos os times da empresa, já são 47 taças levantadas em oito países diferentes. Só Lommel (Bélgica), Sichuan Jiuniu (China) e o recém-comprado Palermo (Itália) não foram campeões de nada desde que entraram para a "família".
O conglomerado iniciou os estudos para a entrada no futebol brasileiro no começo de 2020, quando teve uma reunião com dirigentes do Londrina. No ano seguinte, a administração do fundo conversou com o Atlético-MG. Mas o escolhido para o negócio ser concretizado acabou mesmo sendo o Bahia.
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