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Como Firmino renasceu no Liverpool e voltou ao radar da seleção para Copa
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Quando a temporada passada chegou ao fim, era difícil imaginar que Roberto Firmino teria condições de descolar uma vaga na seleção brasileira que irá disputar a Copa do Mundo do Qatar-2022.
Relegado à reserva do Liverpool, o camisa 9 havia se transformado em uma daquelas peças utilizadas apenas na reta final das partidas mais importantes e enfrentava longos jejuns de gols (chegou a ficar cinco meses sem marcar no Campeonato Inglês).
Só que, desde que voltou das férias de meio de ano, tudo mudou para o atacante brasileiro.
Firmino não apenas conseguiu recuperar a titularidade na equipe dirigida pelo técnico Jürgen Klopp, como também se transformou no segundo principal artilheiro do elenco, atrás apenas de Mohamed Salah.
Mesmo com o Liverpool longe de viver seus melhores dias (iniciou a rodada deste meio de semana ocupando apenas a oitava colocação na Premier League), o brasileiro já marcou oito gols (um a menos que o craque egípcio) em 13 partidas disputadas nesta temporada.
A média de 0,61 bola na rede por jogo é simplesmente a mais alta do centroavante desde que ele desembarcou na Inglaterra para vestir a tradicional camisa vermelha, lá em 2015.
Na comparação com o desempenho de 2021/22, a frequência de gols anotados por Firmino praticamente dobrou. Com relação aos números de duas temporadas atrás, mais do que triplicou.
O bom momento do alagoano de Maceió coincide com uma transformação tática do Liverpool, que tem deixado um pouco de lado o 4-3-3 para atuar no 4-2-3-1, com Salah fazendo o papel de camisa 10 e sendo o principal municiador de jogadas para o camisa 9.
Também bate com a fase ruim de Diogo Jota (nenhum gol na temporada) e com as dificuldades de adaptação do uruguaio Darwin Núnez, os outros dois centroavantes do elenco.
Com a retomada do bom futebol, Firmino voltou a entrar no radar de Tite para ir ao Qatar-2022. Ele já esteve na última convocação da seleção (apesar de não ter saído do banco nos amistosos contra Gana e Tunísia) e agora disputa espaço com nomes como Pedro, Matheus Cunha e Rodrygo para jogar a competição mais importante do calendário do futebol pela segunda vez na carreira.
A Copa do Mundo será a primeira disputada no Oriente Médio e contará com a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e será baixa.
O Brasil estreia na competição no dia 24 do próximo mês, contra a Sérvia, no estádio Iconic, em Lusail. Depois, mede forças contra Suíça e Camarões para definir os classificados do Grupo G. Caso avance à fase final, terá como primeiro adversário nas fases de mata-mata Portugal, Gana, Coreia do Sul ou Uruguai, que integram o Grupo H.
O torneio será disputado fora do seu período habitual por causa do calor que faz no país-sede no meio do ano, o auge do verão no Hemisfério Norte. Por isso, começará em 20 de novembro e tem a final marcada para 18 de dezembro.
Essa será a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizada por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
Média de gols de Firmino por temporada no Liverpool
- 2022/23: 0,61 gol por partida (8 gols, 13 jogos)
- 2021/22: 0,31 gol por partida (11 gols, 35 jogos)
- 2020/21: 0,19 gol por partida (9 gols, 48 jogos)
- 2019/20: 0,23 gol por partida (12 gols, 52 jogos)
- 2018/19: 0,33 gol por partida (16 gols, 48 jogos)
- 2017/18: 0,50 gol por partida (27 gols, 54 jogos)
- 2016/17: 0,29 gol por partida (12 gols, 41 jogos)
- 2015/16: 0,22 gol por partida (11 gols, 49 jogos)
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