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Por que Dybala ainda não saiu do banco nos jogos da Argentina na Copa?
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Nas duas primeiras partidas da Argentina na Copa do Mundo (derrota por 2 a 1 para a Arábia Saudita e vitória por 2 a 0 sobre o México), o técnico Lionel Scaloni já levou a campo 19 dos 26 jogadores convocados para o torneio.
De todas as suas opções ofensivas, somente três ainda não tiveram sequer um minuto em campo para justificar presença no Qatar-2022: Thiago Almada e Ángel Correa, que só foram chamados de última hora por causa de cortes na lista original, além de Paulo Dybala.
Não, você não leu errado, Dybala, um dos jogadores argentinos de futebol mais reconhecidos no cenário internacional está na Copa. Só que nem parece.
E é pouco provável que essa situação tenha uma grande mudança na partida de hoje, contra a Polônia, a partir das 16h (de Brasília), em Doha, que definirá o futuro da Argentina na competição de futebol mais importante do planeta.
Aos 29 anos, Dybala, que já foi eleito o craque do Campeonato Italiano (2019/20), ganhou um prêmio de artilheiro do Calcio (2016/17), disputou o Mundial da Rússia-2018 e frequentou listas de candidatos ao posto de melhor do planeta, vive um momento de recuperação de protagonismo na Roma.
Em 12 jogos pela equipe do técnico português José Mourinho nesta temporada, o atacante já marcou sete vezes. A média de 0,58 gol por partida é simplesmente a mais alta de toda a carreira do argentino.
O problema é que, pela seleção, o camisa 21 nunca fez nada que justificasse uma presença mais frequente nas escalações. Mesmo jogando pela Argentina há sete anos, ele só marcou três gols até hoje pela equipe nacional.
A passagem mais famosa do jogador pela seleção nem foi uma jogada em campo, mas sim uma entrevista que repercutiu demais. Em 2017, ele afirmou que era "difícil jogar ao lado de Lionel Messi" por ter características semelhantes às do astro do maior artilheiro da história do país.
Apesar de já ter testado Messi e Dybala juntos em algumas oportunidades, principalmente lá no comecinho do seu trabalho, Scaloni parece ter se convencido que as palavras do jogador da Roma estavam corretas e o transformou em reserva imediato do camisa 10.
Só que essa situação praticamente fechou as portas para o atacante. Afinal, são bem raras as situações em que a seleção sul-americana pode se dar ao luxo de abrir mão do seu craque número um, para descansá-lo ou testar uma outra formação tática. Na Copa, isso ainda nem passou perto de acontecer.
A vitória sobre o México, na rodada passada, até deu um certo respiro para a Argentina no Mundial e a impediu, por exemplo, de ser eliminada antecipadamente. Mesmo assim, a situação de Messi e cia. no Grupo C está longe de ser confortável.
Para ter certeza de que irá às oitavas de final sem depender do outro resultado da última rodada da fase classificatória, a equipe albiceleste precisa derrotar a Polônia. Caso empate, terá de torcer também por uma igualdade de placar entre Arábia Saudita e México ou por um triunfo mexicano por no máximo dois gols de diferença.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e conta com a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e é baixa.
O torneio está sendo disputado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
Copa do Mundo - Grupo C
22/11 - Argentina 1 x 2 Arábia Saudita, Iconic, em Lusail
22/11 - México 0 x 0 Polônia, 974, em Doha
26/11 - Polônia 2 x 0 Arábia Saudita, Cidade da Educação, em Al-Rayyan
26/11 - Argentina 2 x 0 México, Iconic, em Lusail
Hoje - Polônia x Argentina, 974, em Doha
Hoje - Arábia Saudita x México, Iconic, em Lusail
O UOL News Copa fala sobre a definição do mata-mata no Mundial, a aposta de Tite nos reservas, o tratamento dos brasileiros lesionados e mais notícias da Copa do Mundo. Confira:
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