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7 técnicos estrangeiros para substituir Tite à frente da seleção brasileira
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A "era Tite" no comando da seleção brasileira terminou na sexta-feira (9), com a derrota nos pênaltis para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo e a consequentemente eliminação no Qatar-2022.
Com a confirmação de que o ex-treinador do Corinthians não continuará no cargo para o novo ciclo, a CBF já iniciou a busca por um novo nome para comandar a equipe canarinho rumo ao Mundial de 2026, que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México.
Diante da pouca oferta de técnicos brasileiros de alto nível, o movimento pela contratação de um estrangeiro tem ganhado força entre torcedores, jornalistas e, até mesmo, dirigentes ligados à entidade.
O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete treinadores nascidos no exterior que seriam alvos viáveis da CBF para substituir Tite.
ABEL FERREIRA
Português
43 anos
Palmeiras (BRA)
Por ser o nome mais vitorioso do futebol brasileiro nos últimos anos, acaba sendo uma espécie de candidato natural à sucessão de Tite. Abel desembarcou no país pentacampeão mundial em novembro de 2020 como uma aposta da diretoria do Palmeiras, já que não tinha grandes feitos anteriores na carreira de treinador. Só que, desde que chegou aqui, não parou mais de empilhar títulos. Abel já ganhou duas Copas Libertadores da América (2020 e 2021), um Brasileiro (2022), uma Copa do Brasil (2020), um Paulista (2022) e uma Recopa Sul-Americana (2022). Sempre que foi questionado sobre a possibilidade de treinar o Brasil, Abel fugiu da conversa e se limitou a dizer que sua seleção é o Palmeiras. Vamos ver se esse será seu comportamento caso haja um convite oficial da CBF.
JORGE JESUS
Português
68 anos
Fenerbahce (TUR)
Foi o precursor da onda de treinadores portugueses que tomou conta do Brasil de uns tempos para cá. Em 2019, foi campeão nacional e da Libertadores por um Flamengo que jogava bonito e sobrava contra a maioria dos adversários, o que praticamente o transformou em uma unanimidade por aqui. Jorge Jesus também tem uma outra característica que faltava na seleção e que começou a ser resgatada por Tite: gosta de times que façam questão de controlar o ritmo da partida e se impor sobre os rivais. Mas dois fatores jogam contra JJ. O primeiro é um certo desconforto provocado pela sua personalidade egocêntrica. O segundo é que ele tem contrato até o fim da temporada com o Fenerbahce. Mas esse fator parece completamente contornável caso a vontade de Jesus seja vir ao Brasil.
JOACHIM LÖW
Alemão
62 anos
Desempregado
É verdade que o campeão da Copa-2014 com a Alemanha não fala português. Mas o idioma não é uma barreira tão grande assim perto das contribuições que Löw poderia dar à seleção. Afinal, será que alguém conhece mais as deficiências do futebol brasileiro do que o homem que foi capaz de aplicar uma goleada por 7 a 1 sobre ele na semifinal de um Mundial? O alemão está com a carreira paralisada desde o fim da Euro-2020, no ano passado, quando encerrou sua trajetória de uma década e meia à frente do time germânico. Por isso, deve estar morrendo de saudades de trabalhar com futebol e provavelmente não recusaria um convite para trabalhar em um dos pesos-pesados do cenário internacional.
THOMAS TUCHEL
Alemão
49 anos
Desempregado
Diante da impossibilidade de contratar nomes como Pep Guardiola e Jürgen Klopp, apostar no alemão provavelmente é o passo mais ousado que a CBF poderia dar neste momento. Tuchel está acostumado a lidar com grandes jogadores (comandou Borussia Dortmund, Paris Saint-Germain e Chelsea, na sequência) e conquistou a Liga dos Campeões da Europa com a equipe inglesa duas temporadas atrás. Fato é que, apesar do início ruim desta temporada, ele só deixou o comando do clube londrino por desentendimento dos seus novos patrões, que desejavam contratações mais midiáticas que funcionais (leia-se Cristiano Ronaldo). Um dos melhores treinadores da atualidade, Tuchel é um dos nomes capazes de realmente colocar a seleção em um outro patamar.
MARCELO GALLARDO
Argentino
46 anos
Desempregado
Um dos treinadores de maior sucesso no futebol sul-americano nos últimos anos talvez seja areia demais para o caminhãozinho dos clubes brasileiros (Palmeiras e Flamengo já tentaram contratá-lo, mas ficaram a ver navios). Mas, com a seleção, a conversa pode ser bem diferente. O "Muñeco" deixou o comando do River Plate no fim desta temporada e está livre para negociar seu futuro profissional. Gallardo tem um inconveniente histórico por aqui, ser argentino. Mas, apesar de jamais ter trabalhado no Brasil, também tem um nome que já se tornou suficientemente pesado para derrubar essa barreira com os torcedores do futebol pentacampeão mundial. A bola jogada pelo River desde 2014 certamente ajuda a diminuir esse preconceito.
LUIS ENRIQUE
Espanhol
52 anos
Desempregado
As declarações de que a Espanha praticava o melhor futebol da Copa do Mundo foram vistas aqui no Brasil como um sinal de soberba, ainda mais depois que a Roja foi eliminada da competição por Marrocos. Apesar desse inconveniente, Luis Enrique, agora sem contrato em seu país-natal, continua sendo um nome muito acima da média para o mercado de seleções. O espanhol já até ganhou uma edição da Liga dos Campeões à frente do Barcelona e tem potencial para voltar a trabalhar nos grandes clubes da Europa. A junção entre seu estilo de jogo (o muitas vezes estéril tiki-taka) com a agressividade característica dos atacantes brasileiros pode dar uma liga das mais interessantes e vencedora.
JOSÉ MOURINHO
Português
59 anos
Roma (ITA)
Campeão da Conference League na temporada passada, o "Special One" vive um momento de reconstrução da carreira no comando da Roma e, pelo menos em tese, não tem motivos para deixar o futebol italiano para se arriscar em um novo desafio. Mas, se esse desafio tem o nome de seleção brasileira, o cenário pode ser bem diferente. A única camisa pentacampeã mundial pode mexer com o tradicional ego inflado de Mourinho e seduzi-lo a embarcar nesse projeto. Apesar de já ter vivido dias melhores no cenário internacional, o português é um dos treinadores mais influentes do século, venceu a Liga dos Campeões por dois clubes diferentes (Porto e Inter de Milão) e já foi campeão nacional em quatro países (Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha). Um currículo enorme e impecável, só talvez manchado pela fama de retranqueiro.
O UOL News Copa fala sobre a busca de Giroud pela artilharia, a definição das semifinais, o choro de Cristiano Ronaldo, o abalo nos jogadores do Brasil, a arbitragem brasileira na Copa e mais! Confira:
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