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Na 5ª tentativa, Messi dribla idade e faz a melhor Copa da sua carreira
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Lionel Messi tem 35 anos, idade com a qual a maior parte dos jogadores do primeiro escalão já começou a perder desempenho físico e, consequentemente, não consegue mais render dentro de campo como seus melhores dias.
Mas com o camisa da Argentina, que hoje enfrenta a Croácia, a partir das 16h (de Brasília), em Lusail, por vaga na decisão da Copa do Mundo do Qatar-2022, a ação do tempo está sendo bem diferente.
Na quinta edição do torneio mais importante do planeta da sua carreira, o craque do Paris Saint-Germain está jogando mais bola e sendo mais decisivo do que em todas as participações anteriores.
Messi é o responsável direto pela Argentina estar entre as quatro melhores seleções do Mundial e ganhou o prêmio de craque do jogo em todas as vitórias da sua equipe na competição (contra México, Polônia, Austrália e Holanda, esta última nos pênaltis).
O craque é o vice-artilheiro do Qatar-2022 (quatro gols, um a menos que o francês Kylian Mbappé) e também o segundo colocado no ranking de passes para gol (deu duas assistências, contra três dos lídres, Harry Kane, Bruno Fernandes e Antoine Griezmann).
Nem mesmo na Copa-2014, quando foi eleito o melhor jogador da competição (em uma decisão que contestada até mesmo pelo então presidente da Fifa, Joseph Blatter, diga-se de passagem), Messi mandou tão bem quanto agora.
Na ocasião, o camisa 10 argentino também meteu quatro bolas nas redes (mas com duas partidas a mais do que o disputado até o momento) e deu só um passe para seus companheiros movimentarem o placar.
Logo no começo do Qatar-2022, Messi já avisou que essa é a sua "última oportunidade de realizar o sonho" de ser campeão mundial porque não tem planos de disputar a próxima Copa, daqui a três anos e meio.
Caso entre em campo contra a Croácia (o que só não acontecerá em caso de uma lesão de última hora), o craque do PSG igualará a marca de 25 partidas do alemão Lothar Matthäus e se tornará o atleta que mais jogos disputou na história competição.
Mas Messi ainda deve sair do Qatar como único detentor desse recorde. Afinal, mesmo que saia derrotado na semifinal, ainda terá a disputa do terceiro lugar para decretar a nova marca e se isolar no topo do ranking.
O confronto entre argentinos e croatas irá colocar frente a frente as duas últimas seleções vice-campeãs mundiais. O time sul-americano foi batido pela Alemanha na decisão do Brasil-2014, enquanto a equipe de Luka Modric e cia. perdeu para a França no jogo do título da Rússia-2018.
O vencedor da semifinal de hoje fará a "partida da vida" no domingo, contra o ganhador do encontro entre a atual campeã França e a surpreendente seleção de Marrocos, que jogam amanhã pela outra vaga na decisão.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e teve a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e foi baixa.
O torneio está sendo jogado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
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