França deve manter Deschamps até Euro e libera Zidane para buscar trabalho

Na prática, isso significa que Deschamps, cujo contrato termina na virada do ano, assinará um novo vínculo com os Bleus até a próxima edição da Euro, que será disputada entre junho e julho de 2024.

O ex-volante já é o treinador que mais vezes dirigiu a seleção francesa (a partida de hoje será a 137ª da sua gestão). Em tempo no cargo, porém, ele ainda está muito longe do recorde de 26 anos estabelecido por Gaston Barreau entre 1919 e 1945.

Só depois da próxima edição do torneio continental que a FFF elaborará seu plano de ação para a Copa-2026. E nada garante que Deschamps fique de fora desse planejamento.

Ou seja, Zidane não tem mais por que esperar pela abertura da vaga que tanto deseja, a de treinador da França. Esse sonho deve ser adiado por prazo indeterminado, e o ex-meia deve retornar aos trabalhos em algum clube ou outra seleção já nos próximos meses.

O antigo camisa 10 é um dos grandes jogadores da história da terra de Michel Platini e Kylian Mbappé. Era ele o líder técnico da equipe que deu o primeiro título mundial ao país, em 1998, com uma histórica vitória por 3 a 0 sobre o Brasil na decisão. Curiosamente, Deschamps também fazia parte dessa geração.

Como técnico, Zidane só trabalhou no Real Madrid. Ele começou por lá como assistente de Carlo Ancelotti, depois dirigiu o Castilla (time B do clube espanhol) e teve duas passagens pela equipe principal. Além das três Champions, ele conquistou outros oito títulos, incluindo duas edições da La Liga e dois Mundiais de Clube.

Ele deixou o clube no enceramento da temporada 2020/21 e, desde então, recusou várias propostas de emprego (a mais conhecida delas, feita pelo Paris Saint-Germain, poucos meses atrás) porque estava se guardando para trabalhar na seleção, o que não irá acontecer tão cedo assim.

A partida entre franceses e marroquinos definirá a segunda vaga na decisão de domingo, a partir das 12h (de Brasília). O primeiro finalista, a Argentina, foi conhecido ontem, com a vitória sobre a Croácia por 3 a 0.

A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e teve a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e foi baixa.

O torneio está sendo jogado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.

Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.