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Por Mourinho na seleção, Portugal pode revolucionar mercado de técnicos
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Eliminada por Marrocos nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar-2022, a seleção portuguesa pretende contar no próximo ciclo simplesmente com o treinador mais vitorioso e badalado do país nas últimas décadas.
Vencedor da Liga dos Campeões da Europa com Porto e Inter de Milão e protagonista de passagens marcantes também por Chelsea e Real Madrid, José Mourinho é, de acordo com diferentes veículos da imprensa lusa, o plano A da terra de Cristiano Ronaldo para comandar a equipe nacional na Euro-2024 e no Mundial-2026.
A questão é que o "Special One", após uma fase de resultados poucos expressivos e sensação de declínio da carreira, vive um momento de tranquilidade e volta aos holofotes com a Roma, campeã da Conference League na temporada passada. E não parece muito disposto a abrir mão disso.
Para resolver esse problema, a FPF (Federação Portuguesa de Futebol) considera adotar uma medida que pode acabar revolucionando o mercado de treinadores de seleções como um todo.
Segundo o jornal italiano "Gazzetta dello Sport" e o português "A Bola", a oferta da seleção tuga para ter Mourinho não prevê nenhuma cláusula de exclusividade. Ou seja, ele poderia continuar trabalhando normalmente na Roma e só ficaria a serviço do time nacional durante as Datas Fifa.
Essa fórmula de trabalho era muito comum na primeira metade do século passado, quando as seleções não tinham tantos compromissos assim e às vezes ficavam mais de um ano inteiro sem se reunir.
Em outros esportes, como o vôlei, o método também é muito comum. Durante a maior parte do tempo em que acumularam conquistas relevantes com o Brasil, Bernardinho e José Roberto Guimarães também comandavam clubes.
Caso Mourinho realmente assuma o comando de Portugal por meio desse expediente, será aberto um precedente que pode fazer com que os grandes técnicos do planeta voltem a se interessar pelo futebol de seleções.
Atualmente, os nomes que fazem parte do primeiro escalão do banco de reservas, como o espanhol Pep Guardiola (Manchester City), o alemão Jürgen Klopp (Liverpool) e o argentino Diego Simeone (Atlético de Madri), são cartas fora do baralho para as federações nacionais porque recebem salários que só os clubes mais ricos do planeta são capazes de pagar.
A seleção portuguesa é comandada desde 2014 por Fernando Santos. Foi sob sua gestão que Cristiano Ronaldo e cia. ganharam os dois primeiros títulos da sua história: a Eurocopa-2016 e a edição de estreia da Liga das Nações da Europa.
Apesar de ainda não ter havido um anúncio oficial sobre o tema, a saída do treinador já é tratada como certeza em Portugal. Além de Mourinho, o palmeirense Abel Ferreira, Rui Jorge (comandante da seleção sub-21) e Leonardo Jardim (ex-Monaco) também são nomes bem cotados para assumir o cargo.
O Mundial terá no domingo uma nova seleção tricampeã mundial. A partir das 12h (de Brasília), a Argentina, vencedora em 1978 e 1986, e a França, ganhadora das edições de 1998 e 2018, duelam em Lusail pelo posto de melhor equipe nacional do planeta.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e teve a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e foi baixa.
O torneio está sendo jogado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
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