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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Família Messi faz sucesso no Qatar e vira amuleto da sorte para Argentina

16/12/2022 04h20

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Antes de cada jogo da Argentina na Copa do Mundo, Antonela Rocuzzo repete o mesmo ritual. Veste ela e seus três filhos com a camisa 10 do uniforme reserva da seleção (o azul escuro), tira uma foto da turma toda nas arquibancadas do estádio e faz a publicação em sua conta nas redes sociais.

Essa rotina será repetida passo a passo no domingo, a partir das 12h (de Brasília), em Lusail, contra a França, no jogo que pode dar a Lionel Messi o seu tão sonhado título mundial e terminar de consagrar sua família como o amuleto albiceleste no Qatar-2022.

A esposa Antonela e os garotos Thiago (dez anos), Mateo (sete) e Ciro (quatro) se tornaram uma atração à parte no torneio que está sendo disputado no Oriente Médio.

A rotina da família Messi durante o Mundial tem sido acompanhada diariamente por mais de 23 milhões de pessoas que seguem a companheira do craque só no Instagram. Nos dias de jogos da Argentina, esse número se multiplica algumas vezes, já que eles são alvo também das câmeras dos fotógrafos presentes no estádio e também da transmissão oficial do evento.

Mesmo concentrado na disputa da quinta Copa da sua carreira e na possibilidade de levantar o troféu pela primeira vez, o dono da camisa 10 sempre dá um jeito de permanecer próximo dos seus.

A chuteira que tem sido usada no Qatar-2022 leva o nome da parceira, uma velha amiga de infância dos tempos de Rosario e que está com ele "desde sempre", e dos três frutos desse relacionamento.

Na quarta-feira, um dia depois da vitória por 3 a 0 sobre a Croácia, que classificou a Argentina para a decisão, Messi teve um raro momento de folga e conseguiu juntar a família toda. Além da esposa e dos filhos, participaram do encontro em Doha seu pai, mãe, irmãos, sobrinhos e primos.

Dentro de campo, o camisa 10 argentino tem sido um dos grandes nomes da Copa. Com cinco gols marcados, ele divide a artilharia do torneio com Kylian Mbappé, seu adversário na final. Ele também é um dos quatro jogadores (está empatado com Antoine Griezmann, Bruno Fernandes e Harry Kane) com mais assistências (passes para companheiros marcarem): três.

No Qatar, Messi também se transformou no goleador máximo da história argentina em Mundiais (11 bolas nas redes, uma a mais que Gabriel Batistuta), talvez o único recorde relevante de sua seleção que ainda não pertencia a ele.

O craque do Paris Saint-Germain também já igualou a marca do alemão Lothar Matthäus (25 partidas) e, no fim de semana, virará isoladamente o jogador que mais partidas disputou do torneio de futebol número um do planeta.

O Mundial terá no domingo uma nova seleção tricampeã. A partir das 12h (de Brasília), a Argentina, vencedora em 1978 e 1986, e a França, ganhadora das edições de 1998 e 2018, duelam em Lusail pelo posto de melhor equipe nacional do planeta.

A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e teve a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e foi baixa.

O torneio está sendo jogado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.

Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.