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Palmeiras corre risco de perder Abel para seleções de Brasil ou Portugal?
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O fim da Copa do Mundo do Qatar-2022 representa também o começo de uma enorme preocupação para o torcedor do Palmeiras.
Será que Abel Ferreira, o artífice do time que faturou seis títulos nas últimas três temporadas (incluindo aí um bicampeonato da Copa Libertadores da América e a recém-conquistada Série A nacional), pode deixar o clube para comandar uma seleção?
A notícia ruim para os apaixonados pela equipe alviverde é que o treinador de 43 anos realmente figura na lista de opções cotadas para dirigir Brasil e Portugal no ciclo do Mundial-2026, que será organizado em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá.
Mas existe um alento: Abel, apesar de candidato a esses cargos, não tem nenhuma cara de que é o plano A da CBF ou da FPF.
Se os dirigentes que comandam o futebol brasileiro tivessem certeza da escolha de um treinador que está empregado em algum clube nacional para ocupar a vaga deixada por Tite, fatalmente aproveitariam o período de virada de temporada para negociar a contratação.
Ao anunciarem que só iniciarão contatos para a sucessão no comando da seleção depois da virada do ano, os cartolas estão nitidamente fazendo uma manobra para ganhar tempo e tentar viabilizar alvos mais ousados, como o italiano Carlo Ancelotti (Real Madrid) e o português José Mourinho (Roma).
Isso não significa necessariamente que o próximo técnico da equipe pentacampeã mundial virá do primeiro escalão da Europa, mas que essa é uma possibilidade que tem sido realmente considerada.
Abel ou qualquer outro treinador que esteja em atividade no Brasil (seja ele um nome local ou estrangeiro) só será procurado pela CBF depois que essa hipótese for totalmente descartada.
Já em Portugal, que anunciou a demissão de Fernando Santos na semana passada e está oficialmente em busca de um novo treinador, o comandante do Palmeiras tem tido seu sucesso celebrado e acompanhado de perto, mas sofre uma certa rejeição por ser considerado pelos locais como um profissional um tanto quanto destemperado à beira do campo.
Para boa parte dos lusos, Abel ainda precisa aprender a controlar um pouco mais suas emoções antes de assumir um cargo como o de treinador da seleção e precisar lidar com a pressão de representar seu país em uma Eurocopa ou Copa do Mundo.
Novamente, isso não significa que ele é carta fora do baralho para a sucessão de Portugal. Mas que terá sua contratação analisada apenas se não houver acordo com outros candidatos que estão à sua frente.
O nome preferido da FPF é Mourinho, mas seu alto salário na Roma é um empecilho de difícil negociação. Com isso, o atual comandante da seleção sub-21 do país, Rui Jorge, tem despontado como favorito ao cargo.
Ex-comandante do Braga e do PAOK (Grécia), Abel está no Palmeiras desde novembro de 2020 e já é um dos treinadores de maior sucesso da história do clube.
O português de 43 anos tem contrato com a equipe alviverde até dezembro de 2024 e é o treinador mais bem remunerado do futebol sul-americano. Sempre que perguntado sobre a possibilidade de deixar o time onde é ídolo para trabalhar em uma seleção, ele responde que "sua seleção é o Palmeiras".
Apesar de não falar oficialmente sobre o tema, Abel tem como projeto de carreira deixar o Palmeiras para trabalhar em um clube do primeiro escalão da Europa, preferencialmente de Inglaterra, Espanha ou Itália.
Por isso, já recusou sondagens milionárias de times de outros centros menos importantes e não tem tanta simpatia assim de trabalhar em uma seleção. Mas, claro, essa não é uma posição definitiva e pode ser alterada dependendo da proposta financeira e profissional que lhe for apresentada.
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