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Após Copa, PSG teme fim de comprometimento e que 'velho Neymar' reapareça
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Neymar brilhou na primeira parte da temporada. O camisa 10 só foi desfalque em duas das 22 partidas disputadas pelo Paris Saint-Germain e participou ativamente de 27 jogadas que terminaram com a bola nas redes (15 gols e 12 assistências), mais do que qualquer outro dos seus companheiros de time.
No entanto, a equipe parisiense teme que o jogador mais caro da história do futebol não consiga manter o mesmo nível de concentração e dedicação física na fase final de 2022/23, que começa hoje, a partir das 17h (de Brasília), contra o Strasbourg, pela 16ª rodada do Campeonato Francês.
O "Blog do Rafael Reis" conversou com pessoas ligadas ao PSG e apurou que o clima no clube é de desconfiança com relação ao que o brasileiro será capaz de produzir dentro de campo depois da Copa do Mundo do Qatar-2022.
O temor da alta cúpula francesa é que o comprometimento mostrado por Neymar na reta inicial da temporada não tenha sido fruto de um processo de amadurecimento do jogador, mas sim algo exclusivo para chegar ao Mundial na melhor forma possível e tentar realizar o sonho de levar a seleção ao hexa.
Como o meia-atacante não conseguiu conquistar o mais almejado título com a camisa canarinho e só terá uma nova oportunidade de fazê-lo daqui a três anos e meio, o PSG teme que ele retome a agenda cheia de compromissos sociais e excessos que é vista internamente como a maior responsável pelos vários problemas físicos enfrentados pelo jogador.
Desde que desembarcou na França, há cinco anos e meio, Neymar tem desfalcado seu time em aproximadamente 50% dos jogos por temporada. A maioria das ausências no período foi por conta de contusões, mas o brasileiro também foi desfalque por questões disciplinares (suspensões) e decisões técnicas.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, um dos indícios de que o camisa 10 pode voltar ao comportamento do passado foi sua decisão de não antecipar o retorno aos treinos depois da eliminação do Brasil na Copa-2022 para curtir as festas ao lado dos amigos, ao contrário do que fez Kylian Mbappé, por exemplo.
Apesar de ter disputado sua última partida no Oriente Médio nove dias depois do brasileiro, o astro da seleção francesa se reapresentou ao PSG antes do companheiro de sistema ofensivo, o que gerou um certo mal-estar em Paris.
Para piorar, o clube da capital francesa também não tem certeza de qual será o comportamento de Lionel Messi, a outra estrela da trupe, depois da tão desejada conquista do Mundial.
Ao contrário do que acontece com Neymar, os dirigentes não desconfiam do profissionalismo do argentino e têm certeza de que ele continuará se dedicando bastante aos treinos e tendo uma vida fora de campo bem regrada. No entanto, imaginam que ele possa entrar por algumas semanas/meses em um estado psicológico de relaxamento natural depois de alcançar aquele que era o mais perseguido feito da sua carreira.
Na partida contra o Strasbourg, os parisienses já devem contar com Neymar e Mbappé, duas das suas principais estrelas, que retornaram aos treinos na semana passada. Messi ganhou uns dias extras de folga para curtir o título mundial e só terá de se reapresentar ao técnico Christophe Galtier na próxima terça-feira.
Com isso, além do primeiro compromisso oficial do time depois do encerramento do Qatar-2022, o craque argentino também não será utilizado contra o Lens (domingo) e na estreia na Copa da França, contra o Châtearoux, no dia 6. A expectativa é que sua volta aos gramados aconteça contra o Angers, em 11 de janeiro.
A temporada 2022/23 tem sido uma das melhores do PSG desde que o controle do clube foi assumido pelo governo do Qatar. A equipe da Cidade Luz ainda está invicta na Ligue 1 (13 vitórias e dois empates) e já abriu cinco pontos de vantagem para o segundo colocado, Lens.
Na Liga do Campeões da Europa, Messi, Mbappé e Neymar também ainda não perderam. Mesmo assim, ficaram atrás do Benfica na fase de grupos e terminaram na segunda colocação da chave. Com isso, terão de enfrentar um peso-pesado, o Bayern de Munique, nas oitavas de final, a partir de fevereiro.
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