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Por onde andam 7 destaques da Copa São Paulo hoje 'escondidos' no exterior?
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Disputada anualmente logo no começo de janeiro, a Copa São Paulo é a maior vitrine de jovens talentos do futebol brasileiro. E, a cada nova edição, desperta a mesma expectativa: será que desta vez será revelado algum futuro destaque de um dos maiores clubes do mundo e, consequentemente, também da seleção canarinho?
De vez em quando, essa meta é cumprida. Casemiro, Neymar e Vinícius Júnior são alguns dos astros da equipe que disputou o Mundial do Qatar-2022 que tiveram atuações de sucesso na Copinha quando ainda eram adolescentes.
Mas a maior parte dos grandes nomes que despontam no torneio de base não conseguem alcançar esse nível de fama e desempenho. Alguns até vão jogar no exterior, mas acabam um tanto quanto esquecidos por lá, defendendo times pouco expressivos ou atuando em países menos importantes no cenário internacional.
O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete craques da Copinha que hoje vivem essa situação: de certa forma, estão "perdidos" em algum canto do mundo do futebol.
PEDRO BICALHO
Meia
20 anos
Santa Clara (POR)
Endrick foi o grande nome do primeiro título do Palmeiras na Copa São Paulo e já está com futuro garantido no Real Madrid. Mas Pedro Bicalho também teve um papel decisivo na campanha história do clube alviverde. Apesar de ter sido capitão da equipe vencedora da competição no ano passado, o meia não foi incorporado ao elenco comandado por Abel Ferreira. Em vez disso, foi emprestado a Portugal para ganhar experiência internacional antes de uma possível inclusão no time principal. Só que a passagem do jogador pelo Santa Clara não tem sido grande coisa. Bicalho só disputou nove partidas durante a temporada, ainda não completou nem 400 minutos em campo e nem foi relacionado para o banco nos compromissos mais recentes do seu clube.
RAFAEL MARTINS
Atacante
33 anos
Casa Pia (POR)
Maior artilheiro da história da Copa São Paulo, com 16 gols em três participações, o centroavante jogou a competição por Juventus, em 2006, Internacional, em 2007, e Grêmio, em 2008, quando terminou como goleador da edição. Como profissional, seu melhor momento no futebol brasileiro foi a temporada de 2013, em que vestiu a camisa da Chapecoense. No exterior desde o segundo semestre daquele ano, fez carreira jogando na Espanha, em Portugal e na China. Dois anos atrás, depois de três temporadas no futebol asiático, retornou à Europa para disputar novamente o Campeonato Português. Em 2021/22, pelo Moreirense, fez oito gols e acabou rebaixado. Já nesta primeira metade da temporada, vestindo a camisa do surpreendente Casa Pia, quinto colocado na competição, soma até o momento quatro bolas nas redes.
MATHEUS CASSINI
Meia
26 anos
Forward Madison (EUA)
Quando o Corinthians se sagrou campeão em 2015, a maior aposta de quem se tornaria craque era Matheus Cassini. Consequentemente, o meia foi vendido ainda naquele ano para o Palermo. A ida tão cedo para a Itália foi um divisor de águas na carreira do então garoto, que jamais voltou a jogar bem. Na sequência, Cassini até teve passagens por Ponte Preta, Santos, Fluminense e Sampaio Corrêa, mas passou a maior parte do tempo meio que esquecido no exterior. Desde o começo do ano passado, o camisa 10 joga na USL 1, uma espécie de terceiro escalão do futebol dos Estados Unidos. E, para piorar, o Forward Madison está longe de ser dos times mais fortes da liga: ficou na nona colocação entre 11 participantes na temporada passada.
DIEGO ROSA
Volante
20 anos
Vizela (POR)
Referência técnica do Grêmio na Copinha de 2020, o volante foi derrotado no Gre-Nal que decidiu o título, mas conseguiu um prêmio ainda mais valioso: chamou a atenção de Pep Guardiola e acabou sendo contratado pelo Manchester City. Só que Diego Rosa ainda não teve oportunidades na equipe que venceu as duas últimas edições do Campeonato Inglês. Para ganhar experiência internacional e se adaptar ao futebol praticado na Europa, o brasileiro foi emprestado primeiramente para o Lommel, da segunda divisão da Bélgica, um dos vários clubes espalhados ao redor do mundo que também pertencem ao fundo dos Emirados Árabes que administra os "Citizens", e agora está cedido ao Vizela. Só que as coisas não andam muito boas para o brasileiro em Portugal. Após começar a temporada como titular, ele foi perdendo progressivamente espaço no time e, em algumas partidas, nem mais sai do banco de reservas.
ADRYAN
Meia
28 anos
Sion (SUI)
Camisa 10 do Flamengo campeão de 2011, foi promovido à equipe adulta por Vanderlei Luxemburgo logo depois da competição. Comparado a Zico, o maior ídolo da história do clube, o garoto não conseguiu deslanchar e iniciou, três anos depois, uma série de empréstimos que o levou para Itália (Cagliari), Inglaterra (Leeds) e França (Nantes). Em 2017, transferiu-se para o Sion, da Suíça, clube que hoje detém seus direitos econômicos, onde também não se firmou. Ao longo das últimas cinco temporadas, foi cedido duas vezes para o Avaí e uma para o Kayserispor (Turquia). Rebaixado para a equipe B, Adryan vive agora a expectativa de ser negociado na janela de janeiro para um time onde possa retomar a carreira -a B-SAD, da segunda divisão portuguesa, tem sido apontada como sua principal opção.
TALLES MAGNO
Meia-atacante
20 anos
New York City (EUA)
Assim como Diego Rosa, o meia-atacante também bateu na trave na Copa São Paulo, mas hoje faz parte da lista de jogadores que são pagos pelo grupo que administra o Manchester City. Nome mais talentoso do Vasco que foi vice-campeão do torneio de base em 2019, Talles Magno começou a ter chances na equipe principal ainda no primeiro semestre daquele ano e parecia ser um daqueles jogadores que sairiam do Brasil direto para um clube importante da Europa. Só que o destino do garoto foi outro. Em 2021, ele foi negociado com o New York City e passou a disputar a MLS (Major League Soccer). Em sua temporada de estreia no futebol dos Estados Unidos, o ex-Vasco já se sagrou campeão da liga, mas ainda como reserva. Já no ano passado, assumiu a titularidade, mas não conseguiu repetir a campanha vitoriosa e parou nas semifinais.
WENDEL
Atacante
21 anos
Porto B (POR)
Autor do gol que deu ao Flamengo seu último título de Copa São Paulo, cinco anos atrás, o atacante acabou sendo "engolido" pelo enriquecimento do elenco rubro-negro, que se encheu de medalhões e limitou o espaço para jovens promessas. Wendel até chegou a jogar algumas partidas pelo time principal do Fla, mas logo viu as oportunidades minguarem e se transferiu para as divisões menores de Portugal. Atualmente, joga a segundona lusa pelo Porto B e é o vice-artilheiro do time na temporada, com três gols.
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