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Como Talisca se transformou no 'dono' do novo time de Cristiano Ronaldo
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O Al-Nassr contratou Cristiano Ronaldo para fazer do atacante português seu principal rosto e a imagem símbolo do projeto de expansão internacional do clube da Arábia Saudita. Mas, pelo menos dentro de campo, o time já tem um outro protagonista bem definido.
Há um ano e meio no Oriente Médio, o meia-atacante brasileiro Anderson Talisca é o grande nome da equipe dirigida pelo técnico francês Rudi Garcia.
Aos 28 anos, o ex-jogador de Bahia, Benfica, Besiktas e Guangzhou Evergrande vive a fase mais produtiva da sua carreira. Na atual temporada, ele tem média de um gol por partida (11 bolas nas redes em 11 jogos disputados).
Talisca é o artilheiro do Campeonato Saudita (tem três gols a mais que o nigeriano Odion Ighalo, do Al-Hilal) e responde sozinho por quase 40% de todos os tentos anotados pelo Al-Nassr em 2022/23.
Dos últimos seis jogos do novo time do astro português, o brasileiro foi às redes em nada menos que cinco.
Apesar de estar há apenas 18 meses no Al-Nassr e de ainda nem ter completado 50 jogos pelo clube, o camisa 94 já é o terceiro maior artilheiro da sua história. Com 33 tentos anotados, ele só fica atrás do marroquino Abderrazek Hamdallah (112) e do local Mohammad Al-Sahlawi (105).
O sucesso que tem feito na Arábia Saudita e a oportunidade de jogar ao lado de um dos maiores nomes do futebol mundial praticamente mataram a possibilidade de Talisca retornar tão cedo ao Brasil.
No final do ano passado, antes do anúncio da chegada de CR7 e do início da sequência atual de gols, o meia-atacante chegou a ser apontado como possível reforço do Flamengo para 2023. No entanto, o alto salário do jogador, algo em torno de US$ 8 milhões (quase R$ 42 milhões) por ano, impediu que as negociações evoluíssem.
Cristiano Ronaldo foi anunciado como reforço do Al-Nassr há cerca de dez dias e protagonizou na última terça-feira uma apresentação oficial em estádio para a torcida, patrocinadores e dirigentes.
O português assinou contrato por duas temporadas e meia com o novo clube. Depois disso, o camisa 7 atuará exclusivamente como embaixador do governo saudita, que deseja organizar a Copa do Mundo-2030. Até a virada da década, ele receberá 200 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) por ano.
A expectativa saudita era que o atacante já fosse escalado na partida contra o Al-Taee (vitória por 2 a 0), sexta. No entanto, CR7 ainda está inelegível por variados fatores (débitos com o meia brasileiro Giuliano, do Corinthians, limite de estrangeiros atingido e cumprimento de suspensão recebida ainda no Manchester United).
Se resolver todas essas pendências nos próximos dias, o clube poderá escalar pela primeira vez o reforço mais impactante da sua história no dia 14 de janeiro, contra o Al-Shabab. Caso contrário, terá de esperar mais uma semana até o jogo contra o Al-Ettifaq.
A nova equipe de CR7 é a segunda maior campeã da história da primeira divisão da Arábia Saudita (nove títulos, contra 18 do Al-Hilal) e conquistou o troféu pela última vez em 2018/19.
Na atual temporada, o Al-Nassr ocupa a liderança da competição, com 29 pontos, quatro a mais que o Al-Shabab, que disputou uma partida a menos e pode encostar já amanhã no primeiro colocado.
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