Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Como Edu superou pedidos de demissão para virar 'pai' do sucesso do Arsenal
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
No começo da temporada 2021/22, Edu Gaspar era uma espécie de "inimigo número um" da torcida do Arsenal. O dirigente brasileiro sofria críticas diárias por gastar demais em jogadores que não rendiam como esperado e era responsabilizado pelo crescimento do abismo entre os Gunners e os outros grandes clubes da Inglaterra.
Um ano e meio depois do auge da crise que tomou conta do Emirates Stadium, a equipe londrina colhe os louros de não ter cedido à pressão vinda das arquibancadas e redes sociais para a demissão do homem forte do seu futebol.
Perto de completar aniversário de duas décadas do seu último título nacional (2003/04), o Arsenal lidera o Campeonato Inglês, não perde uma partida válida pela competição desde setembro e vive sua melhor oportunidade de encerrar o incômodo jejum.
Edu Gaspar, que em um passado nem tão distante assim só convivia com críticas, agora colhe os louros do sucesso e é tratado como o homem que conseguiu recolocar o time no caminho do sucesso.
Afinal, a reconstrução do elenco do Arsenal, que se livrou de vários medalhões nos últimos anos (como Mesut Özil, Pierre-Emerick Aubameyang, Bernd Leno e Alexandre Lacazette) para retomar a tradição de apostar em jovens jogadores, foi um projeto pessoal do diretor esportivo, abraçado também pelo técnico Mikel Arteta.
"Quando um jogador tem 26 anos ou mais, recebe um grande salário e não está atuando, ele está matando o clube. No passado, 80% do elenco tinha essa característica e não havia chance de negociações. Alguns jogadores não eram atraentes para transferências e estavam confortáveis com longos contratos, morando em Londres. Precisávamos limpar nosso elenco e, mesmo que tivéssemos que pagar por isso, considerei um investimento", explicou o brasileiro, em julho, ao tabloide "The Sun".
Antes mesmo do começo da temporada, o ex-cartola do Corinthians e da CBF já apostava que o Arsenal teria um grande salto de desempenho nos meses seguintes por causa da evolução natural de jogadores ainda muito novos e, portanto, em curva crescente de evolução.
Edu estava certíssimo. O capitão Martin Odegaard (24 anos) virou um dos meio-campistas mais completos da Premier League. A zaga formada por William Saliba (21) e Gabriel Magalhães (25) está cada dia mais sólida. E os pontas Bukayo Saka (21) e Gabriel Martinelli (21) têm resolvido um jogo atrás do outro.
Nem mesmo a lesão sofrida durante a Copa do Mundo por Gabriel Jesus (25), o nome mais experiente do seu setor ofensivo virou uma dor de cabeça. Mesmo sem seu centroavante titular, o time emendou quatro vitórias e um empate nas cinco últimas rodadas.
Com 50 pontos conquistados em 19 partidas da Premier League, o Arsenal tem hoje um aproveitamento superior até mesmo ao dos líderes dos campeonatos Alemão (Bayern de Munique) e Francês (Paris Saint-Germain), que possuem nível de equilíbrio bem menor nas últimas temporadas.
A equipe de Edu Gaspar já abriu cinco pontos de vantagem para o Manchester City, segundo colocado. E ainda pode levar essa diferença para oito pontos, já que foi a campo uma vez a menos que os comandados de Pep Guardiola.
Os dois melhores times do futebol mais rico do planeta em 2022/23 se enfrentam nesta sexta-feira, pela quarta rodada da Copa da Inglaterra. No campeonato nacional, o próximo compromisso dos "Gunners" é contra o Everton, no dia 4 de fevereiro.
Por conta do desempenho decepcionante na temporada passada, o Arsenal não disputa a Liga dos Campeões nesta temporada. Na Liga Europa, passou pela fase de grupos como primeiro colocado da sua chave e aguarda a primeira rodada dos mata-matas decisivos para conhecer seu adversário nas oitavas de final, que serão disputadas em março.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.