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Eu avisei: quem é o meia saudita que tirou o Flamengo do Mundial?
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O torcedor do Flamengo não vai se esquecer tão cedo de Salem Al-Dawsari.
Mas quem acompanha diariamente o "Blog do Rafael Reis" já sabia que o autor de dois gols de pênalti e uma assistência na vitória por 3 a 2 do Al-Hilal sobre a equipe brasileira, hoje, na semifinal do Mundial de Clubes, era uma ameaça das mais perigosas para a estreia rubro-negra no torneio da Fifa.
A atuação de hoje do meia-atacante saudita está longe de ser uma surpresa. Afinal, dois meses e meio atrás, ele já havia brilhado na primeira rodada da Copa do Mundo do Qatar-2022 e destruído a Argentina, que mais tarde se recuperaria do dano provocado pelo jogador e conquistaria o título.
Aos 31 anos, o atleta do Al-Hilal vestiu a camisa 10 da Arábia Saudita no Mundial de seleções e marcou duas vezes. Contra os argentinos, fez o gol que decretou a vitória de virada por 2 a 1. Já frente ao México, deixou sua marca novamente, mas não impediu a derrota por 2 a 1 que eliminou a equipe asiática ainda na fase de grupos.
O Qatar-2022 foi a segunda Copa da carreira de Al-Dawsari. Ele também participou da campanha saudita na Rússia-2018 e foi o responsável pelo gol da vitória por 2 a 1 contra o Egito.
Formado na base do Al-Hilal, o meia-atacante jamais vestiu a camisa de outro time no Oriente Médio. Em 2018, ele fez um movimento bastante incomum para jogadores da sua nação, mudou-se para a Espanha e tentou a sorte no Villarreal. Depois de seis meses e com apenas uma partida disputada, retornou para casa.
Vivendo a melhor fase da carreira, Al-Dawsari foi eleito o melhor jogador da Liga dos Campeões da Ásia de 2021. É por causa desse título, aliás, que o time saudita se credenciou para disputar o Mundial, já que a edição posterior da competição (temporada 2022/23) ainda está em andamento.
O próprio Flamengo já havia tido uma mostra do potencial do meia-atacante. Em 2019, quando as duas equipes também se enfrentaram nas semifinais do Mundial de Clubes, foi dele o gol de honra na derrota por 3 a 1.
As últimas nove edições do Mundial foram vencidas por clubes da Europa (quatro delas pelo Real Madrid, o time a ser batido neste ano). A última vez que uma equipe sul-americana levantou a taça foi em 2012, com o Corinthians.
Desde então, os representantes da Conmebol não conseguiram sequer chegar à final em cinco oportunidades. Antes do Flamengo, Atlético-MG (2013), Atlético Nacional (2016), River Plate (2018) e Palmeiras (2020) também viveram a decepção de serem eliminados mais cedo do que planejavam.
O adversário do Al-Hilal na decisão de sábado será conhecido amanhã. Os sauditas jogarão pela taça contra o vencedor do confronto entre Real Madrid e o egípcio Al Ahly. O perdedor dessa partida irá para a disputa do terceiro lugar contra o Fla.
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