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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Mbappé começou carreira como lateral e imitou cabelo de Zidane na infância

Mbappé é um dos candidatos ao prêmio de melhor jogador do mundo em 2022 - Alex Grimm/Getty Images
Mbappé é um dos candidatos ao prêmio de melhor jogador do mundo em 2022 Imagem: Alex Grimm/Getty Images

Colunista do UOL

18/02/2023 04h00

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Finalista do The Best-2022, o prêmio de melhor jogador do mundo organizado pela Fifa, Kylian Mbappé é um dos atacantes mais letais do planeta na atualidade: foi artilheiro da última Copa do Mundo e já marcou 35 gols só nesta temporada.

Mas balançar as redes adversárias nem sempre foi a missão número um do hoje astro do Paris Saint-Germain nos gramados.

Lá no comecinho da carreira, quando ainda atuava nas escolinhas do AS Bondy, time que leva o nome da cidade nos arredores da capital francesa onde foi criado, o agora candidato a maior craque do planeta não era atacante, mas sim lateral-direito.

Afinal, a velocidade digna de corredores de curta distância sempre foi uma das principais características do jogo de Mbappé, que já bateu a marca de 36 km/h em uma arrancada como profissional.

Mas o fato de o camisa 7 do PSG ter começado a carreira atuando na linha defensiva dos seus times não é a única curiosidade surpreendente sobre os primeiros anos de vida do menino Kylian.

Apesar de sempre ter declarado que seu maior ídolo é Cristiano Ronaldo (a foto do seu quarto na adolescência cheio de fotos do craque português espalhadas pela parede já é um clássico das redes sociais), Mbappé também era apaixonado por Zinédine Zidane quando pequeno.

A paixão pelo craque do primeiro título mundial conquistado pela França (em 1998, meses antes do craque do PSG nascer) era tanta que até inspirou o primeiro corte de cabelo "diferentão" feito pelo futuro astro.

Ainda quando criança, Mbappé convenceu seu pai a levá-lo ao cabeleireiro para fazer o mesmo corte que o então camisa 10 dos Bleus ostentava.

Mas Zizou não era careca? Ainda não completamente. Assim, Kylian saiu do salão com o cabelo cortado bem baixinho e com a parte de cima da cabeça (onde o ídolo ostentava sua calvície mais aguda) raspada na gilete.

A recompensa por tamanha ousadia foi conseguida algum tempo mais tarde. Em 2011, quando ainda adolescente visitou o centro de treinamentos do Real Madrid e negociou pela primeira vez com a equipe espanhola, o atacante descolou vários autógrafos. Mas o primeiro deles foi o de Zidane.

Esta é a primeira vez de Mbappé como finalista do The Best. A melhor classificação anterior do atacante no prêmio foi o quarto lugar obtido em 2018, quando conquistou o título da Copa com a França. No ano passado, ele terminou em oitavo.

O vencedor da eleição de melhor jogador do mundo organizada pela Fifa, e que conta com votos de técnicos, atletas, jornalistas e torcedores de todos os países filiados à entidade, será divulgado no dia 27, em cerimônia realizada em Paris.

Os adversários de Mbappé pelo cobiçado troféu são o hexacampeão argentino Lionel Messi, seu companheiro no PSG e algoz na decisão do Qatar-2022, e Karim Benzema, seu compatriota que também está em busca de uma conquista inédita.

O Brasil terá uma participação diminuta na cerimônia. Richarlison concorre ao Prêmio Puskás, de gol mais bonito do ano. A sueca Pia Sundhage, que dirige a seleção de Marta, é finalista na eleição de melhor técnico de futebol feminino.

Além deles, o goleiro Alisson, o zagueiro Thiago Silva, o volante Casemiro e o atacante Neymar disputam vaga na seleção do ano. No entanto, esse é um troféu paralelo, organizado por outra entidade, a FIFPro, o sindicato de jogadores profissionais de futebol, e que apenas é entregue na festança feita pela Fifa.