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Messi espanhol? Como craque quase virou a casaca e desistiu da Argentina
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Lionel Messi passou a carreira toda perseguindo o título da Copa do Mundo. Foi só em dezembro passado, aos 35 anos e depois de 18 temporadas como profissional, que o camisa 10 conseguiu realizar seu sonho e levou a Argentina ao seu terceiro título mundial.
Só que o finalista do The Best, prêmio de melhor jogador do planeta organizado anualmente pela Fifa, esteve a um passo de não precisar esperar tanto tempo assim para conquistar a consagração que tanto almejava.
Se ele tivesse feito uma escolha diferente lá no começo da carreira, o título da Copa poderia ter sido adicionado ao seu currículo 12 anos mais cedo.
Messi nasceu em Rosario, mas deixou a Argentina ainda no começo da adolescência (13 anos) para ingressar nas categorias de base do Barcelona. E a partir daí, começou a ser seduzido frequentemente com propostas para jogar pela Espanha, que viria a ser campeã mundial em 2010.
Como o desejo do camisa 10 sempre foi defender seu país-natal, o estafe do jogador (leia-se Jorge, seu pai) a princípio não deu muita bola para esses convites. Pelo contrário, buscou em inúmeras oportunidades contato com a AFA (Associação de Futebol Argentino) para convencê-la a convocar o futuro craque para suas seleções de base.
Só que todas essas tentativas foram em vão. E, após Messi ser ignorado da lista de garotos relacionados para o Mundial sub-17 de 2003, jogar pela Espanha deixou de ser uma possibilidade 100% descartada.
Então, o destino resolveu intervir em favor dos argentinos.
Após o encontro entre as duas seleções aptas a contar com Messi, nas semifinais da competição, o técnico Juan Santisteban agradeceu ao treinador adversário, Hugo Tocalli, por não ter convocado Messi e afirmou que, caso o camisa 10 estivesse na equipe albiceleste, ela não só teria vencido aquele confronto, como também ficaria com o título do torneio.
Ao voltar para a Argentina, Tocalli contou da conversa para os seus superiores e incluiu o garoto do Barcelona no planejamento argentino para os próximos campeonatos de base.
Em junho de 2004, já promovido para a seleção sub-20, o treinador convocou Messi pela primeira vez para um amistoso contra o Paraguai. No ano seguinte, o camisa 10 disputou o Mundial da categoria, levantou a taça e ganhou o prêmio de melhor jogador da competição.
Ainda em 2005, com 18 anos recém-completados, chegou o momento de estrear pela seleção adulta (vitória por 2 a 1 contra o Hungria, com direito a um cartão vermelho logo no primeiro minuto em campo). E o resto é história, uma história da qual a Espanha acabou ficando de fora.
Messi é o maior vencedor da história das eleições de melhor jogador do mundo organizadas pela Fifa. O craque do Paris Saint-Germain já levou para casa seis troféus oferecidos pela entidade: 2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019. No ano passado, ele perdeu a disputa para o polonês Robert Lewandowski e terminou na segunda colocação.
O ganhador do pleito relativo ao futebol mostrado ao longo de 2022, que conta com votos de técnicos, atletas, jornalistas e torcedores de todos os países filiados à Fifa, será divulgado na segunda-feira (27), em cerimônia realizada em Paris.
Os adversários de Messi pelo cobiçado prêmio são dois franceses: Kylian Mbappé, seu companheiro no PSG, e Karim Benzema, estrela do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões da Europa. Ambos são finalistas do The Best pela primeira vez na carreira.
O Brasil terá uma participação diminuta na cerimônia. Richarlison concorre ao Prêmio Puskás, de gol mais bonito do ano. A sueca Pia Sundhage, que dirige a seleção de Marta, é finalista na eleição de melhor técnico de futebol feminino.
Além deles, o goleiro Alisson, o zagueiro Thiago Silva, o volante Casemiro e o atacante Neymar disputam vaga na seleção do ano. No entanto, esse é um troféu paralelo, organizado por outra entidade, a FIFPro, o sindicato de jogadores profissionais de futebol, e que apenas é entregue na festança feita pela Fifa.
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