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Messi pode repetir Romário e abandonar a Europa como melhor do mundo
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Vinte e oito anos depois de Romário trocar o Barcelona pelo Flamengo e protagonizar uma das transferências mais surpreendentes da história do futebol, o melhor jogador do mundo pode novamente atuar na América do Sul.
Anunciado ontem como vencedor do The Best, prêmio entregue anualmente pela Fifa ao atleta número um do planeta, Lionel Messi está pensando seriamente em retornar à Argentina para defender o Newell's Old Boys a partir de julho.
A revelação foi feita no fim de semana por Sergio Agüero, um dos melhores amigos do craque do Paris Saint-Germain. Durante uma live no Twitch, o ex-atacante do Manchester City soltou a informação, para desespero do também já aposentado Maxi Rodríguez, que o acompanhava na transmissão.
"O Kun é assim mesmo, ele não consegue ficar quieto. Vamos esperar para ver o que acontece. Não dá para se adiantar aos fatos."
O Newell's é um dos principais clubes de Rosario, cidade-natal de Messi. Além disso, é o time de coração da família do astro e também onde o meia-atacante jogava antes de se transferir para o Barcelona, ainda no começo da adolescência.
Em reconhecimento à importância que a equipe rubro-negra teve na sua formação, o camisa 10 sempre afirmou que gostaria de "voltar para a casa" antes do fim da carreira para defender o Newell's em campeonatos oficiais.
A promessa nunca caiu completamente em esquecimento, mas parecia ter ficado em segundo plano depois que Messi deixou o Barcelona para jogar no Paris Saint-Germain, duas temporadas atrás.
Só que, com a proximidade do fim do contrato do melhor do mundo com o PSG, o assunto voltou à tona.
O vínculo de Messi com a equipe mais poderosa da França termina no fim desta temporada, ou seja, no último dia de junho. E, apesar do desejo do presidente Nasser Al-Khelaifi em estender a permanência do argentino, as negociações para renovação do contrato não têm evoluído.
A questão é que o ganhador do The Best tem várias cartas na manga para dar o próximo passo da sua carreira. Ele pode sim seguir em Paris, retornar para o Barcelona, mudar-se para os Estados Unidos para jogar no Inter Miami ou repetir o gesto de ousadia feito nos anos 1990 por Romário e voltar, ainda em bom estado físico e técnico, para sua terra-natal.
Messi é o maior vencedor da história das eleições de melhor do mundo organizadas pela Fifa. Contando todas as diferentes versões do prêmio entregue pela entidade, ele já levou sete troféus para casa: 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2022.
Além do argentino, outros cinco jogadores foram consagrados em mais de uma oportunidade. O português Cristiano Ronaldo venceu cinco vezes, o francês Zinédine e Ronaldo faturaram três taças cada e Ronaldinho Gaúcho, assim como o polonês Robert Lewandowski, são bicampeões.
A sétima conquista de Messi fez do camisa 10 da seleção vencedora da última Copa do Mundo o jogador mais velho a ser agraciado com o título de "número um do planeta". O craque do PSG tem hoje 35 anos e oito meses. O recorde anterior, de Lewandowski, era de 33 anos e quatro meses.
O Brasil passa atualmente pelo maior jejum da sua história no prêmio masculino de melhor do mundo. A última vez que o júri da Fifa elegeu um atleta do país pentacampeão como o craque máximo do planeta foi em 2007, com Kaká. Depois disso, o melhor resultado foi o terceiro lugar de Neymar em 2015 e 2017.
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