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Por que CR7 não votou para melhor do mundo mesmo sendo capitão de Portugal?
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Quando a Fifa anunciou os votos distribuídos pelos capitães, técnicos e jornalistas de todas as associações nacionais filiadas à entidade no The Best, prêmio que consagrou Lionel Messi como melhor jogador do mundo em 2022, uma ausência chamou a atenção.
Apesar de ser o dono da braçadeira da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo não exerceu seu direito a voto e não apresentou a relação de quem fora, na sua opinião, os três maiores destaques individuais do futebol no ano passado.
O agora atacante do Al-Nassr, da Arábia Saudita, foi substituído pelo zagueiro Pepe como representante luso no colégio eleitoral do The Best. E o defensor do Porto votou em Kylian Mbappé, Luka Modric e Karim Benzema como melhores do planeta.
A dúvida é: por que a FPF (Federação Portuguesa de Futebol) indiciou Pepe, e não CR7, como capitão de Portugal e o selecionou para fazer parte do colégio eleitoral do The Best?
Apesar de rumores surgidos nas redes sociais de que Ronaldo abriu mão de votar na eleição de melhor do mundo por pura vaidade, já que sabia que não tinha nenhuma chance de ser o campeão, a resposta para essa pergunta é muito mais simples e burocrática.
Pepe ganhou o direito de votar no The Best porque foi ele, e não o maior astro da história do futebol português, quem assinou a súmula como capitão da seleção nos últimos compromissos dos Tugas.
Vale lembrar que, a despeito da carreira de sucesso que construiu ao longo das últimas duas décadas, Ronaldo terminou a Copa do Mundo do Qatar-2022 como reserva. Por causa dessa ausência na escalação, o zagueiro nascido no Brasil herdou a braçadeira nos compromissos contra Suíça (oitavas de final) e Marrocos (quarta) e também o direito de votar na eleição da Fifa.
Segundo maior vencedor da história dos prêmios de craque do ano organizados pela entidade (ganhou cinco vezes, em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017), Ronaldo não ficou entre os 14 jogadores da lista final da Fifa.
O hoje veterano de 38 anos havia aparecido entre os candidatos votados do prêmio em todas as edições desde 2004. Ou seja, foram 17 temporadas consecutivas pelo menos concorrendo ao troféu ofertado pela Fifa.
Em número de prêmios de melhor do mundo, o craque português só está atrás de Messi. A taça levantada pelo meia-atacante do Paris Saint-Germain foi a sétima da sua carreira (2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2022).
A vitória fez também do argentino o jogador mais velho a ser agraciado com o título de "número um do planeta". O craque do PSG tem hoje 35 anos e oito meses. O recorde anterior, de Robert Lewandowski, era de 33 anos e quatro meses.
Jogador do Al-Nassr desde a virada do ano, Cristiano Ronaldo tem média superior a um gol por partida no futebol da Arábia Saudita. Com direito a um pôquer (quatro gols em uma partida) e um hat-trick (três gols em 90 minutos), o português meteu oito bolas nas redes em apenas seis jogos por seu novo time.
Com a artilharia do camisa 7 bem calibrada, o time de Riad tem se mantido na liderança do Campeonato Saudita. Com 43 pontos ganhos em 18 rodadas, tem dois de vantagem para o Al-Ittihad, segundo colocado.
O próximo compromisso de CR7 e cia. é a partida contra o lanterna Al-Batin, na sexta-feira. Na sequência, o Al-Nassr encontra o vice-líder no jogo que vem sendo tratado como uma espécie de "final antecipada" da temporada.
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