Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Como erro administrativo pode fazer Barça perder Gavi e mais de R$ 500 mi
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Um erro administrativo cometido pelo departamento jurídico do Barcelona pode custar ao clube a permanência de um dos jogadores mais importantes do elenco e um prejuízo financeiro que deve superar a casa dos 90 milhões de euros (R$ 507 milhões).
A Justiça espanhola decidiu suspender a renovação do contrato do meio-campista Gavi, titular da seleção "roja" na Copa do Mundo do Qatar-2022 e peça-chave no esquema do técnico Xavi Hernández.
Com isso, o vínculo que liga o jovem de 19 anos ao Barça volta a ser aquele que foi assinado em 2021, o seu primeiro como jogador profissional, com salário menor e registro na equipe B do clube.
Esse 'rebaixamento' contratual em nada impede que Gavi continue sendo utilizado no time principal. O problema é que ele termina em menos de seis meses, no fim desta temporada (dia 30 de junho, para ser mais preciso), o que permite que o jogador já assine um pré-contrato para se transferir gratuitamente para outro clube no segundo semestre.
Antes mesmo do imbróglio envolvendo o futuro do meia, Liverpool e Manchester City já vinham sendo apontados por diferentes veículos da imprensa britânica como potenciais contratantes do espanhol.
De acordo com o "Transfermarkt", site especializado na cobertura do Mercado da Bola, Gavi tem um valor de mercado estimado em 90 milhões de euros (R$ 507 milhões). E é difícil imaginar que o Barça aceitasse menos que isso para liberá-lo.
A possibilidade de o meia ir embora do Campo Nou de graça no fim da temporada e causar um pesado dano financeiro ao clube está ligado a uma falha interna cometida pelos culés que, à primeira vez, parecia ser bem pequenina.
Inicialmente, a La Liga havia recusado o registro do novo contrato de Gavi porque o aumento dado ao jogador faria o Barcelona estourar o teto salarial imposto pela entidade que gerencia o Campeonato Espanhol.
Só que o departamento jurídico culé entrou com um recurso alegando que o meia não era uma nova contratação do clube, mas sim um jogador formado na sua base, que estava apenas tendo a inscrição atualizada. Além disso, argumentou que o clube teria "danos muito graves e irreparáveis" caso o novo vínculo não fosse registrado.
O argumento colou com o juiz responsável pelo caso, e a medida cautelar de análise com "extrema urgência" teria sido aceita se o Barça tivesse entrado com o recurso dentro do prazo legal. O problema é que ele só foi apresentado um dia depois do permitido.
Apesar da situação economicamente delicada enfrentada pelo Barcelona nos últimos anos, o clube catalão tem nadado de braçadas na La Liga. A equipe dirigida por Xavi lidera o Espanhol com 65 pontos, nove a mais que o arquirrival Real Madrid, seu adversário mais próximo.
A conquista do título nacional virou o objetivo principal da temporada depois que os culés foram eliminados da Liga dos Campeões da Europa ainda na fase de grupos (ficaram atrás de Bayern de Munique e Inter de Milão) e perderam para o Manchester United já na rodada inaugural dos mata-matas decisivos da Liga Europa.
O próximo compromisso do Barça é justamente aquele que tem tudo para ser o jogo mais importante deste restante de 2022/23, o clássico contra o Real, neste domingo, no Camp Nou. No dia 5 de abril, os dois clubes mais poderosos da Espanha se encontrarão mais uma vez, mas pela Copa do Rei.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.