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Cano pode ser convocado pela seleção brasileira? Saiba o que é necessário
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Autor de 43 gols em 2022 e responsável por mais 14 bolas nas redes em 11 partidas só neste comecinho de temporada, Germán Cano vem sendo um dos principais artilheiros do futebol brasileiro nos últimos anos.
Mas será que essa manobra é legalmente possível? Existe mesmo alguma chance real de o camisa 14 do Fluminense trocar de cidadania futebolística e jogar pela equipe pentacampeã mundial?
Bem, de acordo com o regulamento da Fifa que gerencia o futebol internacional, um jogador só pode completar um processo de naturalização (ganhar um novo passaporte que ele já não tenha direito originalmente por questão de raízes familiares) e ficar apto a defender uma seleção diferente da sua original caso cumpra dois requisitos.
O primeiro é que o atleta nunca tenha disputado uma partida oficial por outra seleção. Até aí, sem problemas para Cano, já que o artilheiro do Flu jamais foi convocado pela Argentina ou pela Colômbia (sim, ele também possui cidadania colombiana).
O segundo ponto é que o jogador precisa ter necessariamente cinco anos consecutivos de residência no país que pretende defender. E é aí que o possível plano canarinho de contar com o atacante vai por água abaixo.
Cano foi contratado pelo Vasco (após fim de contrato com o Independiente Medellín, da Colômbia) e desembarcou no Brasil em janeiro de 2020.
Logo, só completará cinco anos por aqui e poderá requisitar a cidadania brasileira (futebolisticamente falando, pelo menos) no começo de 2025, quando estará prestes a completar 37 anos.
Até lá, convocar a principal aposta do Fluminense para a decisão do Campeonato Carioca, contra o Flamengo (em dois jogos, no começo de abril), é uma possibilidade irreal, que não pode ser colocada em prática.
Sem Cano, que por enquanto continua sendo "apenas" argentino e está impossibilitado de vestir a amarelinha, o Brasil terá Rodrygo (Real Madrid), Rony (Palmeiras), Vitor Roque (Athletico-PR) e Yuri Alberto (Corinthians) como opções para seu comando de ataque no primeiro compromisso oficial após a Copa do Mundo do Qatar-2022.
Richarlison (Tottenham) também chegou a ser convocado, mas acabou cortado após sofrer uma lesão no fim de semana. Gabriel Jesus (Arsenal) ainda estava machucado no momento da divulgação da lista. E Pedro e Gabigol (ambos do Flamengo), outras opções costumeiras para a função, foram deixados de fora por opção da comissão técnica.
No amistoso contra Marrocos, sábado, em Tânger, a seleção mais vitoriosa da história do futebol será comanda interinamente por Ramón Menezes, que é contratado da CBF para dirigir o time sub-20.
A decisão foi tomada porque a entidade ainda não conseguiu se acertar um nome definitivo para substituir Tite.
A preferência é por um treinador estrangeiro, mais precisamente Carlo Ancelotti, vencedor da última edição da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid. O italiano, no entanto, tem contrato com os espanhóis até junho de 2024 -a CBF tenta convencê-lo a abdicar do último ano de vínculo para assumir a seleção no segundo semestre.
Outros nomes que também têm sido ventilados como candidatos a dirigir o Brasil são os portugueses Jorge Jesus, que deixará o Fenerbahçe em junho, e José Mourinho, da Roma, além do alemão Joachim Löw e do espanhol Luis Enrique, ambos desempregados.
Após a partida contra Marrocos, a seleção deve se reunir novamente em junho para uma nova rodada de amistosos. Os adversários da próxima Data Fifa, no entanto, ainda não foram divulgados.
As eliminatórias sul-americanas para a Copa-2026 começam em setembro. Na primeira rodada dupla do torneio, o time canarinho jogará contra Bolívia (em casa) e Peru (fora).
O próximo Mundial será o primeiro da história com a participação de 48 seleções (16 a mais do que o formato que vinha sendo utilizado desde a França-1998). Com a ampliação no número de países, a América do Sul terá direito a seis vagas diretas e uma para participar da repescagem.
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