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Jogadores de Marrocos voltam a ser 'patinhos feios' após conto de fadas
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Marrocos viveu um conto de fadas na Copa do Mundo do Qatar-2022. A seleção árabe derrotou Bélgica, Espanha e Portugal. Também se tornou o primeiro time da África a chegar a uma semifinal do torneio de futebol mais importante do planeta. E, ainda por cima, fez vários dos seus jogadores começarem a ser tratados como grandes nomes do cenário internacional.
Só que o que acontece depois do "final feliz" que encerra praticamente todas as histórias de príncipes e princesas? Aí vem a realidade do dia a dia, que nunca é tão bonita quanto a descrita no conto de fadas.
É nesse cenário de volta à vida normal que Marrocos enfrenta o Brasil, amanhã, a partir das 19h (de Brasília).
Com o fim do Mundial no Oriente Médio, a trajetória dos atletas que fizeram história vestindo a camisa vermelha voltou ao que era antes da competição. Quem já estava no degrau de cima do futebol, como o lateral direito Achraf Hakimi (Paris Saint-Germain), por lá permanece. Os jogadores medianos também continuam sendo tratados assim. E os coadjuvantes, após um curto período de brilho, retornaram ao ostracismo.
O melhor exemplo é o do meia-atacante Hakim Ziyech. Principal peça ofensiva da seleção dirigida por Walid Regragui, o jogador saiu da Copa com status de craque que cabe em qualquer time do mundo.
Só que três meses se passaram desde então, e o ponta direita está esquecido no banco de reservas do Chelsea. Das últimas cinco rodadas do Campeonato Inglês, ele só participou de uma (ficou em campo durante 62 minutos contra o Tottenham).
Em baixa em Londres e sem muita perspectiva de mudança, Ziyech até seria emprestado ao PSG na última janela de transferências, mas acabou permanecendo no clube detentor dos seus direitos devido a um erro no envio da documentação da transação.
Outro destaque de Marrocos na Copa que também não anda muito feliz com sua minutagem é o meia Azzedine Ounahi. Graças ao desempenho no Qatar, ele até conseguiu um upgrade na carreira e trocou o Angers pelo Olympique de Marselha. Mas, na nova equipe, ainda não foi titular sequer uma vez e tem jogado em média menos de dez minutos por partida.
A situação do meia-atacante Selim Amallah também chama atenção. Depois que voltou do Mundial, ele foi rebaixado para a equipe B do Standard de Liège porque não queria renovar contrato e desejava se transferir para uma liga mais importante que a belga.
Em partes, o marroquino conseguiu o que queria. No último dia de janeiro, foi vendido para o Valladolid, clube espanhol que pertence ao brasileiro Ronaldo Fenômeno. Desde então, participou de somente duas partidas e, na soma delas, ainda não completou nem 60 minutos em campo.
A partida contra Marrocos será o primeiro compromisso oficial do Brasil depois da Copa-2022. Em Tânger, a seleção será comandada interinamente por Ramón Menezes, que é contratado da CBF para dirigir o time sub-20.
A decisão foi tomada porque a entidade ainda não conseguiu acertar com um nome definitivo para substituir Tite.
A preferência é por um treinador estrangeiro, mais precisamente Carlo Ancelotti, vencedor da última edição da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid. O italiano, no entanto, tem contrato com os espanhóis até junho de 2024 -a CBF tenta convencê-lo a abdicar do último ano de vínculo para assumir a seleção no segundo semestre.
Outros nomes que também têm sido ventilados como candidatos a dirigir o Brasil são os portugueses Jorge Jesus, que deixará o Fenerbahçe em junho, e José Mourinho, da Roma, além do alemão Joachim Löw e do espanhol Luis Enrique, ambos desempregados.
Após a partida contra Marrocos, a seleção deve se reunir novamente em junho para uma nova rodada de amistosos. Os adversários da próxima Data Fifa, no entanto, ainda não foram divulgados.
As eliminatórias sul-americanas para a Copa-2026 começam em setembro. Na primeira rodada dupla do torneio, o time canarinho jogará contra Bolívia (em casa) e Peru (fora).
O próximo Mundial será o primeiro da história com a participação de 48 seleções (16 a mais do que o formato que vinha sendo utilizado desde a França-1998). Com a ampliação no número de países, a América do Sul terá direito a seis vagas diretas e uma para participar da repescagem.
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