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Tudo que já se sabe sobre denúncia de estupro de Hakimi, astro de Marrocos
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Destaque da campanha histórica protagonizada por Marrocos na última Copa do Mundo, o lateral direito Achraf Hakimi não está 100% focado no amistoso contra o Brasil, amanhã, a partir das 19h (de Brasília).
Desde o começo do mês, o jogador de 24 anos divide as atenções entre os compromissos pelo Paris Saint-Germain, as atividades da seleção que ajudou a levar até as semifinais do Qatar-2022 e o acompanhamento de um processo judicial que pode levá-lo à prisão.
Após investigação conduzida inicialmente em sigilo pela polícia francesa, Hakimi foi indiciado no último dia 2 por supostamente ter cometido estupro contra uma mulher de 23 anos que conheceu pelas redes sociais.
Depois de convidar a vítima para conhecer sua casa, o lateral teria penetrado as partes íntimas da mulher com as mãos sem consentimento dela. O ato teria sido interrompido porque a moça conseguiu acertar um chute no jogador e pediu socorro para um amigo.
A defesa do marroquino nega a acusação e diz que seu cliente está sendo vítima de uma "tentativa de extorsão" por parte da moça que teria sido violentada.
Ao contrário do que aconteceu com Daniel Alves, que está preso desde janeiro na Espanha também por conta de uma denúncia de estupro, Hakimi até agora apenas apresentou seu depoimento, está respondendo ao processo em liberdade e nem foi impedido de deixar a França.
Também diferente do comportamento de outros clubes importantes da Europa em casos semelhantes (como o do Manchester United, com o atacante Mason Greenwood, e do Manchester City, com o lateral esquerdo Benjamin Mendy), o PSG optou por não afastar o lateral até a conclusão do inquérito e tem o levado a campo normalmente.
O mesmo vale para a seleção marroquina. Apesar de cobranças feitas por torcedores e militantes nas redes sociais, o técnico Walid Regragui convocou Hakimi para os jogos desta Data Fifa, contra Brasil e Peru. E ainda tratou de sair em defesa do seu jogador.
"Temos que lembrar sempre que existe algo chamado presunção de inocência. Até que se prove o contrário, eu e todos os marroquinos vão apoiá-lo. Nossos corações estão ao seu lado, e vai fazer bem para ele voltar a Marrocos", afirmou.
A partida contra a equipe africana será o primeiro compromisso oficial do Brasil depois da Copa-2022. Em Tânger, a seleção será comandada interinamente por Ramon Menezes, que é contratado da CBF para dirigir o time sub-20.
A decisão foi tomada porque a entidade ainda não conseguiu acertar com um nome definitivo para substituir Tite.
A preferência é por um treinador estrangeiro, mais precisamente Carlo Ancelotti, vencedor da última edição da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid. O italiano, no entanto, tem contrato com os espanhóis até junho de 2024 -a CBF tenta convencê-lo a abdicar do último ano de vínculo para assumir a seleção no segundo semestre.
Outros nomes que também têm sido ventilados como candidatos a dirigir o Brasil são os portugueses Jorge Jesus, que deixará o Fenerbahçe em junho, e José Mourinho, da Roma, além do alemão Joachim Löw e do espanhol Luis Enrique, ambos desempregados.
Após a partida contra Marrocos, a seleção deve se reunir novamente em junho para uma nova rodada de amistosos. Os adversários da próxima Data Fifa, no entanto, ainda não foram divulgados.
As eliminatórias sul-americanas para a Copa-2026 começam em setembro. Na primeira rodada dupla do torneio, o time canarinho jogará contra Bolívia (em casa) e Peru (fora).
O próximo Mundial será o primeiro da história com a participação de 48 seleções (16 a mais do que o formato que vinha sendo utilizado desde a França-1998). Com a ampliação no número de países, a América do Sul terá direito a seis vagas diretas e uma para participar da repescagem.
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