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Por que Simeone ainda é (de longe) o técnico mais bem pago do mundo?
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Entra ano, sai ano, e o líder do ranking dos técnicos mais bem pagos do planeta continua o mesmo.
Desde 2011 no comando do Atlético de Madri, o argentino Diego Simeone fatura anualmente na capital espanhola um total de 34 milhões de euros (R$ 185,2 milhões), muito mais do que qualquer outro profissional do banco de reservas em atividade no futebol mundial.
Mas como é possível que um treinador que jamais conquistou um título de Liga dos Campeões da Europa tenha um salário tão superior ao dos multivencedores Pep Guardiola (22,4 milhões de euros, ou R$ 121,7 milhões) e Jürgen Klopp (17,8 milhões de euros, ou R$ 97,7 milhões), por exemplo?
Os rendimentos bem acima do mercado mostram que o Atleti tem total consciência de que Simeone é o que melhor aconteceu no clube ao longo das últimas décadas.
O treinador é considerado a chave do processo de reconstrução do time colchonero, que chegou a ser rebaixado para a segunda divisão espanhola nos anos 1990, e voltou a figurar na elite europeia depois da contratação do argentino.
Com Simeone, o Atleti foi duas vezes campeão espanhol, chegou a duas decisões de Champions e venceu duas edições da Liga Europa. No total, sua gestão já conquistou oito títulos relevantes, mesmo número de taças levantadas pelo clube nos 30 anos anteriores à sua chegada.
É por saber que seu protagonista é o treinador que a folha salarial do clube de Madri tem uma particularidade bastante incomum na Europa: o "professor" é seu funcionário mais bem pago, algo que não acontece no Manchester City (Kevin de Bruyne ganha mais que Guardiola) e no Liverpool (Mohamed Salah está acima de Klopp).
Além do reconhecimento pelos serviços prestados, o Atleti inflou o salário de Simeone por um outro motivo: ficar protegido do assédio de outros clubes economicamente mais poderosos que por ventura desejem contratá-lo.
Por essa lógica, clubes como Real Madrid, Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, mesmo com orçamentos maiores que o dos colchoneros, dificilmente teriam coragem de cobrir o que o argentino ganha.
A estratégia tem se mostrado das mais acertadas, já que, ao longo dos últimos 12 anos, nenhuma equipe do mundo ousou mexer com o técnico que se tornou sinônimo de Atlético de Madri.
Em recuperação depois de um início de temporada bem abaixo do "padrão Simeone", o que chegou a levantar rumores de um possível fim de ciclo do treinador no Wanda Metropolitano, o Atleti venceu as últimas cinco partidas que disputou e já ostenta uma invencibilidade de dez jogos.
A última derrota foi no dérbi contra o Real Madrid, no dia 26 de janeiro, que encerrou sua participação na Copa do Rei.
Com a arrancada depois da virada do ano, os colchoneros foram afastando o risco (que em determinado momento de 2022/23 parecia bem real) de não se classificar para a próxima edição da Liga dos Campeões.
Faltando dez rodadas para o fim do Espanhol, o Atleti ocupa a terceira colocação, com 57 pontos. A distância para o líder Barcelona é de 15 pontos, o que praticamente inviabiliza uma briga pelo título. Em compensação, o time da capital já abriu dez pontos de vantagem para o Villarreal, quinto na tabela e primeiro fora da zona que dá vaga para a Champions.
Os 10 técnicos mais bem pagos do mundo
1 - Diego Simeone (ARG, Atlético de Madri): 34 milhões de euros
2 - Pep Guardiola (ESP, Manchester City): 22,4 milhões de euros
3 - Jürgen Klopp (ALE, Liverpool): 17,8 milhões de euros
4 - Graham Potter (ING, Chelsea): 13,5 milhões de euros
5 - Massiliamo Allegri (ITA, Juventus): 12,8 milhões de euros
6 - Thomas Tuchel (ALE, Bayern de Munique): 12 milhões de euros
7 - Brendan Rodgers (IRN, Leicester): 11,4 milhões de euros
8 - Carlo Ancelotti (ITA, Real Madrid): 11 milhões de euros
9 - Erik ten Hag (HOL, Manchester United): 10,2 milhões de euros
10 - Simone Inzaghi (ITA, Inter de Milão): 10 milhões de euros
Fonte: L'Équipe
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