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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Opção da CBF, Mourinho interessa ao PSG e tem proposta megalomaníaca árabe

José Mourinho, técnico da Roma, é disputado por Brasil, PSG e Arábia Saudita - ALBERTO PIZZOLI/AFP
José Mourinho, técnico da Roma, é disputado por Brasil, PSG e Arábia Saudita Imagem: ALBERTO PIZZOLI/AFP

Colunista do UOL

19/04/2023 04h00

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Com a provável recusa de Carlo Ancelotti em assumir o comando da seleção brasileira, a CBF ainda não definiu um novo favorito para o cargo de técnico da equipe pentacampeã mundial no ciclo preparatório da Copa-2026.

Mas se decidir que o português José Mourinho é a melhor opção para suceder Tite, a entidade que organiza o futebol canarinho entrará no meio de uma pesada (e cara) concorrência pelo veterano de 60 anos.

Apesar de ainda ter contrato com a Roma até o fim da próxima temporada, o "Special One" também está sendo sondado para comandar o Paris Saint-Germain e a seleção da Arábia Saudita a partir do segundo semestre.

De acordo com o jornal espanhol "Mundo Deportivo", o ex-comandante de Real Madrid, Chelsea, Inter de Milão e tantos outros é visto pela diretoria do PSG como o nome ideal para tentar colocar o bilionário projeto esportivo do clube em ordem.

Ainda segundo a publicação, a gestão do treinador Christophe Galtier é considerada desastrosa para diretoria parisiense. E, mesmo que o clube confirme o título francês (tem oito pontos de vantagem para o Olympique de Marselha), a comissão técnica será trocada para a próxima temporada.

No caso da Arábia Saudita, a proposta é do governo, e não propriamente da federação de futebol. A ideia é transformar Mourinho em mais um embaixador do país (como já é Cristiano Ronaldo) que tenta ser sede de alguma edição da Copa do Mundo na próxima década.

Para isso, segundo o italiano "Corriere dello Sport", o português receberia o maior salário já pago a um treinador de futebol: 120 milhões de euros (R$ 657,1 milhões) anuais. E ele ainda poderia escolher entre dirigir a seleção ou assumir algum clube saudita.

Mourinho sempre foi uma das possibilidades estudadas pela CBF para comandar a seleção depois do Qatar-2022. Só que o favorito da entidade era (e continua sendo) Ancelotti.

O problema é que o treinador do Real Madrid afirmou em entrevista coletiva na semana passada que não pretende ir embora da Espanha antes do fim do seu contrato (junho de 2024), o que inviabilizaria uma investida canarinho por ele.

Além de Mourinho, o também português Jorge Jesus (Feneberbahçe) e o brasileiro Fernando Diniz (Fluminense) são outros nomes que vêm sendo tratados como candidatos a dirigir o Brasil.

Derrotado por Marrocos em seu primeiro compromisso oficial depois do Qatar-2022, no mês passado, a seleção volta a se reunir novamente em junho para a segunda Data Fifa do ano, que deve ser preenchida com um ou dois amistosos. Os adversários, no entanto, ainda não foram anunciados pela CBF.

Também não está certo se o Brasil contará novamente no banco de reservas com Ramon Menezes, que dirigiu o time interinamente na África, ou se já terá um novo treinador efetivo (hipótese que parece cada vez mais distante).

As eliminatórias sul-americanas para a Copa-2026 começam em setembro. Na primeira rodada dupla do torneio, o time canarinho jogará contra Bolívia (em casa) e Peru (fora).

O próximo Mundial será o primeiro da história com a participação de 48 seleções (16 a mais do que o formato que vinha sendo utilizado desde a França-1998). Com a ampliação no número de países, a América do Sul terá direito a seis vagas diretas e uma para participar da repescagem.