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Sampaoli 'bateu na trave' e saiu da Europa sem títulos
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Jorge Sampaoli, o homem em quem o Flamengo apostas todas as fichas para recuperar o bom futebol e voltar a colher resultados dignos do caro e estrelado elenco que possui, tem experiência de sobra.
O treinador de 63 anos teve passagens de sucesso por Santos e Atlético-MG, trabalhou em Copas do Mundo à frente de duas seleções diferentes (Argentina e Chile) e também bateu cartão em dois dos campeonatos nacionais mais importantes da Europa, o Espanhol e o Francês.
Apesar de ter dirigido clubes relativamente importantes do Velho Continente (Sevilla e Olympique de Marselha), o técnico argentino não conseguiu ser campeão do lado de lá do Oceano Atlântico.
É verdade que, com exceção da segunda passagem pelo Sevilla, encerrada no mês passado, em que não chegou nem a 50% de aproveitamento e estacionou na metade de baixo da tabela da La Liga, Sampaoli mandou bem nos dois clubes. Mas faltou a cereja do bolo: levantar um troféu.
E ele até teve algumas oportunidades.
Assim que desembarcou na Europa e assumiu pela primeira vez o comando do Sevilla, em 2016, o treinador participou de duas Supercopas, torneios no qual precisava bater apenas um adversário para ficar com a taça. Só que ele saiu derrotado de ambas.
Na competição continental, Sampaoli bateu na trave. Seu time vencia o Real Madrid até os 48 minutos do segundo tempo, quando sofreu o empate que levou o confronto para a prorrogação. No tempo extra, levou mais um gol e perdeu por 3 a 2. Já no torneio nacional, não teve chances contra o Barcelona e levou 5 a 0 no placar agregado das partidas de ida e volta.
No Olympique de Marselha, onde esteve de março de 2021 até o final da temporada passada, as chances de título foram bem menores.
Sampaoli até levou o OM ao vice-campeonato da Ligue 1 francesa em 2021/22, resultado que o clube só obteve duas vezes ao longo da última década, mas terminou a competição 15 pontos atrás do Paris Saint-Germain.
Sua melhor oportunidade de levantar uma taça foi na Conference League, torneio que funciona como uma espécie de terceira divisão da Champions. Os franceses chegaram até as semifinais, mas foram eliminados pelo Feyenoord (3 a 2 na soma dos dois jogos) no duelo por vaga na decisão.
Dois anos depois de deixar o Atlético-MG, Sampaoli retornou ao Brasil para ocupar a vaga deixada pelo português Vitor Pereira, que disputou cinco títulos com o Flamengo no começo de 2023 e perdeu todos (Mundial de Clubes, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Taça Guanabara e Campeonato Carioca).
A estreia do treinador argentino à frente da equipe rubro-negra foi na quarta-feira, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Ñublense, do Chile, que transformou a equipe em vice-líder do Grupo A da Copa Libertadores da América (tem três pontos em duas rodadas, contra seis do Racing).
Fla e Sampaoli voltam a campo amanhã, contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro. Diferentemente do que aconteceu na competição continental, o time da Gávea, ainda com um técnico interino, largou na Série A com vitória (sobre o Coritiba) e tenta manter os 100% de aproveitamento.
Sampaoli na Europa
SEVILLA (ESP)
julho/2016 a maio/2017
53 jogos
58,5% de aproveitamento
Campeonato Espanhol: 4º colocado
Liga dos Campeões: oitavas de final
Copa do Rei: oitavas de final
Supercopa da Europa: vice-campeão
Supercopa da Espanha: vice-campeão
OLYMPIQUE DE MARSELHA (FRA)
março/2021 a julho/2022
66 jogos
62,6% de aproveitamento
Campeonato Francês (2020/21): 5º colocado
Campeonato Francês (2021/22): vice-campeão
Copa da França (2021/22): quartas de final
Liga Europa (2021/22): fase de grupos
Conference League (2021/22): semifinais
SEVILLA (ESP)
outubro/2022 a março/2023
31 jogos
48,4% de aproveitamento
Campeonato Espanhol: 14º colocado
Liga dos Campeões: fase de grupos
Liga Europa: classificado para as quartas de final
Copa do Rei: quartas de final
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