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Michu: quem foi o artilheiro 'alternativo' que é o maior ídolo de Haaland?
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Artilheiro do Campeonato Inglês e da Liga dos Campeões da Europa, Erling Haaland não se inspirou em nenhum dos grandes goleadores do futebol mundial da sua infância e adolescência para se transformar em uma máquina capaz de meter 48 bolas nas redes em uma única temporada.
O centroavante norueguês do Manchester City até teve um grande ídolo nos tempos em que ser um dos principais nomes do futebol mundial era apenas um sonho distante para o futuro, mas ele não pertencia à classe de Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic.
Quem fazia a cabeça do garoto Haaland era um espanhol que só conquistou dois títulos em toda a carreira, não passou por nenhum dos clubes mais populares do planeta e disputou uma única partida pela seleção.
Miguel Pérez Cuesta, mais conhecido como Michu, foi um atacante que fez relativo sucesso por Oviedo, Celta e Rayo Vallecano na primeira década dos anos 2000. Em 2012, ele foi contratado pelo Swansea City, equipe galesa que disputa as competições nacionais da Inglaterra. E foi lá que ele conquistou seu mais ilustre fã.
Em sua primeira temporada na Premier League, o espanhol chegou a liderar a artilharia por algumas rodadas e terminou na quinta colocação na tabela de goleadores (18 gols). Graças, especialmente ao desempenho do centroavante, seu time descolou uma honrosa nona posição e faturou o título da Copa da Liga Inglesa.
Haaland, que na época tinha 12 anos e era um consumidor assíduo de jogos da Premier League (vale lembrar que, apesar do passaporte norueguês, ele nasceu na Inglaterra), apaixonou-se por Michu e começou, inclusive, a imitar a movimentação em campo e os gestos de comemoração de gols do ídolo.
Ainda nos primeiros anos de sua carreira profissional, na Noruega e depois na Áustria, o hoje astro do City costumava marcar Michu em suas publicações nas redes sociais para tentar chamar a atenção do jogador que o mais o influenciou. Até que um dia foi respondido.
Em 2020, três anos depois de pendurar as chuteiras, o ex-centroavante resolveu enviar para Haaland uma camisa do Burgos, clube da segunda divisão espanhola no qual é até hoje diretor esportivo. O presente foi o pontapé inicial de uma amizade que se mantém até hoje.
"Para mim, é uma honra que um jogador desse nível tenha me visto como referência quando mais novo", resumiu Michu, ao tabloide britânico "The Sun".
Após oscilações que chegaram a fazer o técnico Pep Guardiola reclamar publicamente da falta de vontade de vencer dos seus jogadores, o City vive o seu melhor momento na temporada e já ostenta uma invencibilidade de 16 partidas (13 vitórias e três empates).
Só nesse período sem sair de campo derrotado (desde o 2 a 1 para o Tottenham, no dia 5 de fevereiro), Haaland marcou nada menos que 17 vezes. Ou seja, teve média superior a um gol por jogo.
A sequência de resultados positivos fez o City sair de uma posição de desvantagem em relação ao Arsenal na classificação do Inglês para chegar a um cenário em que depende apenas das suas próprias forças para ser campeão nacional pela terceira vez consecutiva.
A equipe de Manchester ainda está numericamente atrás dos Gunners. Mas a diferença de cinco pontos (75 a 70) pode ser tirada nas duas partidas a mais que ela ainda tem para disputar. E mais: líder e vice-líder se enfrentam amanhã, e a vantagem de atuar em casa no confronto direto é de Haaland e cia.
Além da Premier League, o City está vivo na briga pelo título de mais duas competições.
Na Champions, está classificado para as semifinais e terá o Real Madrid como adversário nos dias 9 e 17 de maio. Já na Copa da Inglaterra, resta apenas uma partida para ser campeão, o dérbi de Manchester, contra o United, marcado para 3 de junho.
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