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Como técnico nascido no Brasil virou candidato a assumir o PSG em 2023/24
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Em crise desde que foi eliminado pelo Bayern de Munique nas oitavas de final da Liga dos Campeões, o Paris Saint-Germain planeja dar um grande reset em seu departamento de futebol para a próxima temporada. E essa reformulação pode incluir até a contratação de um técnico nascido no Brasil.
Mesmo que o PSG confirme a conquista do título francês (tem oito pontos de vantagem para o Olympique de Marselha), é quase certo que o técnico Christophe Galtier será demitido. E, de acordo com o jornal italiano "Gazzetta dello Sport", o ex-volante Thiago Motta é um dos favoritos para assumir o cargo.
O brasileiro naturalizado italiano comanda desde setembro o Bologna e transformou o clube em uma das surpresas positivas do Calcio nesta temporada.
O time dirigido por Thiago Motta ocupa a oitava colocação na Série A e pode dizer que é o "melhor dos pequenos". Afinal, só está atrás de equipes que possuem orçamento muito superior ao seu: Napoli, Lazio, Juventus, Milan, Roma, Inter de Milão e Atalanta.
Com o ex-volante, o modesto clube chegou a emendar quatro vitórias consecutivas antes da interrupção da temporada para a Copa do Mundo, em novembro, e obteve alguns resultados dos mas expressivos, como uma vitória sobre a Inter e um empate frente ao Milan, ambos semifinalistas da Champions 2022/23.
O Bologna é o quarto trabalho de Thiago Motta como treinador. Ele estreou na função em 2018, à frente da equipe sub-19 do próprio PSG que agora deseja contratá-lo. Na sequência, passou por outros dois clubes da Itália (Genoa e Spezia). Em ambos, limitou-se a lutar contra o rebaixamento.
Mas o principal motivo de o presidente Nasser Khelaifi ter colocado o ítalo-brasileiro na mesma lista dos consagrados Zinédine Zidane, José Mourinho e Julian Nagelsmann, outros cotados para assumir a equipe francesa no segundo semestre, nem é a qualidade mostrada até hoje nos bancos de reservas.
Thiago Motta virou opção para dirigir o PSG porque conhece o clube como poucos e goza de enorme simpatia da torcida.
Ainda como jogador, o então volante desembarcou no Parc-des-Princes em 2012, ainda no começo do bilionário projeto bancado pelo governo do Qatar, e jogou por lá até o fim da sua carreira, seis anos mais tarde. No total, ele conquistou 18 títulos em Paris.
Caso ele seja o escolhido para comandar o líder do Francês na próxima temporada, será principalmente para tentar criar uma conexão mais forte entre o clube e um elenco muitas vezes acusado de ter um certo ar de desinteresse nas competições que disputa (com exceção da Champions).
Além da mudança na comissão técnica, já é certo que o PSG passará por uma grande transformação na próxima janela de transferências. A principal baixa deve ser Lionel Messi, que ficará sem contrato e tem tudo para retornar para o Barcelona. Neymar também será liberado, desde que encontre algum clube disposto a arcar com seu alto salário.
No campo das contratações, o reforço mais aguardado é o centroavante nigeriano Victor Osimhen, artilheiro do Italiano pelo Napoli. O jogador, no entanto, tem deixado claro que prefere se transferir para a Inglaterra e que uma mudança para a França seria apenas seu plano B.
Faltando seis rodadas para o término da Ligue 1, o PSG tem 75 pontos, contra 68 do OM, seu adversário mais próximo. Neste fim de semana, os dois principais candidatos ao título vão a campo no domingo. A equipe da capital recebe o Lorient, enquanto os marselheses jogam em casa contra o Auxerre.
O Francês é a única chance de um título importante para Mbappé, Messi e cia. nesta temporada. Além da eliminação precoce na Champions, a equipe parisiense também caiu nas oitavas da Copa da França, quando foi batida pelo atual vice-líder do campeonato nacional.
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