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Jogadora dos EUA reclama do Fifa e lembra de avatar com seios exagerados
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A atacante Sydney Leroux, que defendeu a seleção norte-americana feminina de futebol em 77 oportunidades, não gostou nem um pouco da forma como foi retratada no game Fifa 23.
A jogadora de 32 anos, que atualmente veste as cores do Angel City, utilizou suas redes sociais para reclamar da EA Sports por ter produzido um personagem que não se parece nem um pouco com ela. E lembrou que a empresa produtora do jogo já havia feito anteriormente um avatar seu com seios de tamanho exagerado.
Em uma comparação entre seu avatar no Fifa 16 e na edição mais recente do game, Leroux afirmou que sua caracterização de sete anos atrás foi muito mais fiel à realidade, mas que os peitos haviam sido superdimensionados.
"[Em 2016], eles reproduziram minha tiara, a trança no cabelo e a tatuagem no pescoço, mas fizeram minhas sobrancelhas finas demais e inventaram esses seios que eu não tenho", reclamou. "[Desta vez], era só ter reproduzido o desenho daquela vez e desinchado os peitos."
O Fifa 23 é o primeiro game da franquia iniciada ainda na década de 1990 que conta com a participação dos times (e dos elencos) da NWSL, a principal liga profissional norte-americana de futebol feminino, onde Leroux atua. Antes, a participação das mulheres no game se resumia a seleções.
Outras jogadoras em atividade nos EUA também reclamaram, como a lateral Caprice Dydasco (Houston Dash) e a zagueira Maddison Hammond (Angel City), também reclamaram da falta de uma suposta falta de capricho da EA Sports na confecção dos seus avatares.
Mas a única que levantou a bola da hiperssexualização foi Leroux.
O tema está longe de ser novidade no mundo dos games. É bem comum entre usuários de jogos eletrônicos (não apenas do Fifa) relatos de que personagens femininos do mundo virtual possuem curvas exageradas, que lhes dão uma conotação sexual que praticamente não existe nos avatares masculinos.
Personagens como a lutadora Chun-Li (Street Fighter) e a exploradora Lara Croft (Tomb Raider), só para citar duas séries bem antigas e conhecidas de uma parcela maior do público, são tradicionalmente citadas como símbolo dessa cultura machista por conta dos figurinos sensuais e dos traços feitos para agradar um público heterossexual masculino.
Apesar de ser uma das jogadoras norte-americanas mais famosas da sua geração e de ter um ouro olímpico (2012) e um Mundial (2015) no currículo, a atacante do Angel City não é mais convocada para a seleção desde 2017 e tem poucas esperanças de ser chamada pelo técnico Vlatko Andonovksi para a Copa-2023.
A nona edição do torneio da Fifa será disputada entre os dias 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia. Os Estados Unidos estão no Grupo E e terão Vietnã, Holanda e Portugal como adversários na primeira fase.
Já o Brasil, que domina o cenário sul-americano e ainda busca seu primeiro título de uma competição de caráter global, caiu no Grupo F. Sua estreia será contra o Panamá, no dia 24. Jamaica e França completam a chave.
O Mundial-2023 será o maior de todos os tempos. Pela primeira vez, a competição feminina reunirá 32 seleções e adotará o mesmo formato de disputa que foi utilizado em sua versão masculina entre a França-1998 e o Qatar-2022.
Os EUA venceram as duas últimas edições do torneio e são os maiores campões da história, com quatro títulos. Alemanha (duas vezes), Noruega e Japão são as outras seleções que também já tiveram a honra de levantar o troféu.
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