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Na semi da Champions, meia da Inter passou pelo SPFC, que não quis mantê-lo
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Autor de um dos dois gols que colocaram a Inter em vantagem sobre o Milan na semifinal que irá decidir o representante italiano na Liga dos Campeões da Europa, o meia Henrikh Mkhitaryan pode dizer que é produto das categorias de base do São Paulo. Bem, pelo menos um pouquinho...
Nome certo na escalação do técnico Simone Inzaghi para a segunda parte do clássico de Milão, a partir das 16h (de Brasília), em San Siro, o jogador passou quatro meses treinando no clube brasileiro quando tinha 14 anos.
Essa informação não teria nada de surpreendente se Mkhitaryan fosse natural daqui mesmo da América do Sul ou de outro país com laços sólidos com o futebol brasileiro, como Japão ou China.
Mas não, o camisa 22 da Inter nasceu na Armênia, república que passou boa parte do século passado fazendo parte da União Soviética e cuja capital, Yerevan, justamente a cidade-natal do meia, está localizada a quase 12 mil quilômetros de distância de São Paulo.
Mkhitaryan veio jogar no Brasil devido a um projeto de intercâmbio existente na época entre o clube do Morumbi e o governo armênio. Outros jogadores do país também passaram pelas instalações da base tricolor no começo dos anos 2000, mas nenhum deles permaneceu no clube até se profissionalizar.
O São Paulo até tinha essa opção, mas preferiu não apostar no sucesso do hoje semifinalista da Champions. E provavelmente se arrependeu dessa escolha.
Antes de desembarcar na Inter, no começo desta temporada, o meia já havia passado por Shakhtar Donetsk, Borussia Dortmund, Manchester United, Arsenal e Roma. Todas as suas mudanças de clube movimentaram um total de 112,8 milhões de euros (R$ 600 milhões) no Mercado da Bola.
Mkhitaryan é o maior jogador da história da Armênia e o artilheiro máximo de sua seleção em todos os tempos (32 gols, mais que o dobro do segundo colocado).
Aos 34 anos e com títulos da Conference League (2022) e da Liga Europa (2017) no currículo, o meia deixou de lado os tempos de meia-atacante e agora faz uma função mais defensiva no meio-campo. Por isso, mesmo sendo titular absoluto nerazzurro, soma apenas cinco gols e duas assistências nesta temporada.
Como saiu de campo dos primeiros 90 minutos do clássico com vitória por 2 a 0, a Inter tem a vantagem de poder perder o confronto de hoje por um gol de diferença. Caso seja derrotada com vantagem de dois tentos, a disputa pela vaga na decisão vai para a prorrogação e, se necessário, para as cobranças de pênalti.
Esta é a segunda semifinal de Champions entre os times de Milão. Em 2003, houve dois empates, um sem gols e o outro por 1 a 1, e o Milan acabou avançando para a decisão com a Juventus pelo critério de gols marcados fora de casa (ainda que as duas partidas tenham sido disputadas na mesma cidade e no mesmo estádio).
Dois anos depois, os arquirrivais também se encontraram no mata-mata do torneio continental, mas em uma rodada anterior, as quartas de final. Novamente, os rossoneri levaram a melhor, mas com duas vitórias que somadas chegaram ao placar agregado de 3 a 0.
As semifinais da Liga dos Campeões 2022/23 levam a campo nada menos do que 24 títulos da competição. O Real Madrid, atual campeão, é também o maior vencedor, com 14 conquistas. O Milan aparece na sequência, com sete taças, enquanto a Inter levantou o troféu em três oportunidades. Dos times vivos nesta temporada, apenas o Manchester City ainda sonha com uma primeira vez.
O sucessor do Real no posto de melhor time da Europa será conhecido em 10 de junho. O palco da final será o estádio Olímpico Atatürk, em Istambul (Turquia), originalmente escolhido como sede da decisão de 2021, que precisou ser transferida para Portugal devido à pandemia da covid-19.
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