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Como Raphael Veiga, mesmo fora do padrão, entrou na mira do Barcelona
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Com 27 anos e sem nenhuma experiência no futebol europeu, Raphael Veiga está bem distante do padrão de "adolescente promissor com boas chances de explodir no cenário internacional" que os maiores clubes do Velho Continente se acostumaram buscar a Brasil de um tempo para cá.
Por isso, a notícia publicada na última quarta-feira pelo jornal catalão "Sport" de que o meio-campista do Palmeiras faz parte da lista de possíveis reforços do Barcelona para a próxima temporada chamou tanto a atenção.
Mas, afinal, como o camisa 23 alviverde virou alvo de um dos gigantes da Espanha, mesmo não obedecendo às regras que levaram nomes como Vinícius Júnior, Rodrygo, Gabriel Jesus, Andrey Santos e Gabriel Martinelli diretamente do país pentacampeão mundial para um clube do primeiro escalão do Velho Continente?
O "Blog do Rafael Reis" apurou que o meio-campista foi "descoberto" pelo comando do futebol culé durante as conversas para contratar outro brasileiro, o atacante Vítor Roque, do Athletico-PR, esse sim um adolescente de 18 anos completamente "dentro do padrão".
O empresário André Cury, que agencia a carreira dos dois jogadores, aproveitou a brecha da primeira negociação para apresentar Veiga como uma opção "barata" para reforçar o meio-campo do campeão espanhol desta temporada.
Afundado em problemas financeiros, o Barcelona tem precisado administrar bem o investimento que faz em cada novo jogador e o teto estabelecido pela La Liga para sua folha salarial. Por isso, a perspectiva de gastar no máximo 15 milhões de euros (R$ 80,3 milhões) pelo destaque do Palmeiras agradou.
Ajudou também o fato de Veiga ter entrado na primeira convocação da seleção depois da Copa do Mundo do Qatar-2022. Sua estreia com a camisa canarinho, contra Marrocos, em março, foi vista pelos catalães como um sinal de que o meia tem um bom nível, e não é apenas um atleta que seu empresário está tentando "empurrar" para o clube.
Dentre as qualidades do palmeirense, a que mais chamou a atenção do Barcelona foi sua capacidade de arremates de média distância. Essa característica é algo que falta aos principais meias do elenco comandado por Xavi Hernández, como Pedri, Gavi e Frenkie de Jong.
Mas, apesar de uma primeira avaliação bastante positiva, ainda não está certo se o Barça realmente irá investir no brasileiro. Por enquanto, todos os esforços do clube estão concentrados em convencer Lionel Messi a dizer não para a Arábia Saudita e retornar para o Camp Nou no segundo semestre.
Só depois da definição da situação do craque argentino que os culés terão um desenho mais claro do cenário para 2023/24 (orçamento disponível e principais carências). Aí sim, optarão por abrir (ou não) negociações para levar o meio-campista.
Com Veiga mais uma vez em grande fase (já são 11 gols em 21 partidas), o Palmeiras já conquistou dois títulos em 2023. Em janeiro, bateu o Flamengo e faturou pela primeira vez a Supercopa do Brasil. Já no mês passado, desbancou o Água Santa na final do Campeonato Paulista e ganhou seu 25º troféu do Estadual.
No Brasileiro, a equipe dirigida por Abel Ferreira ainda está invicta. Com quatro vitórias e dois empates nas seis primeiras rodadas, somou até o momento 14 pontos, apenas um a menos que o líder, Botafogo. Hoje, tem pela frente o clássico contra o Santos, a partir das 21h (de Brasília), que pode lhe valer a primeira colocação.
O compromisso seguinte, na quarta-feira, será pela Copa Libertadores da América. O Palmeiras visita o Cerro Porteño, no Paraguai, em busca da liderança do Grupo C. Por enquanto, tem a mesma pontuação do Bolívar, o número um da chave, mas leva desvantagem por ter um saldo de gols mais baixo.
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