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Só troca por Mbappé faria Real Madrid permitir saída de Vinicius Junior
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O Real Madrid não quer nem saber da ideia de negociar Vinícius Júnior na próxima janela de transferências, mesmo que o brasileiro decida que o melhor para ele é ir embora da Espanha por causa dos sucessivos ataques racistas que tem recebido nos estádios do país.
Mas existe uma exceção.
O "Blog do Rafael Reis" apurou que o atual campeão europeu enxerga neste momento apenas um cenário que o faria abrir mão do seu mais decisivo do jogador: uma proposta do Paris Saint-Germain que inclua a ida de Kylian Mbappé para o Santiago Bernabéu.
Nesse cenário, o Real não apenas aceitaria liberar o camisa 20 para jogar na Ligue 1, como também toparia pagar uma indenização (não muito alta) aos franceses, decorrente da diferença de valores entre os jogadores.
Na visão dos dirigentes espanhóis, essa transação poderia ser benéfica para todo mundo. Afinal, Mbappé vive reclamando internamente que a equipe parisiense não consegue se estabelecer na prateleira de cima do futebol europeu, já possui uma longa história de namoro com o Real que pode ser retomada a qualquer momento e só tem mais dois anos de contrato pela frente.
Já Vini possui vínculo com o Real até 2027 e uma multa rescisória na casa de 1 bilhão de euros (quase R$ 5,4 bilhões). Por isso, é praticamente impossível que algum clube consiga contratá-lo à revelia do atual detentor dos seus direitos econômicos.
Ou seja, qualquer clube que quiser aproveitar o conflito entre Vini e a Espanha para contratar o atacante terá necessariamente de sentar para conversar com o Real. E dele ouvirá que não há interesse em abrir negociação.
Apesar de apoiar o brasileiro na guerra pelo endurecimento das medidas antirracismo no futebol local, o clube merengue considera que não tem como apoiá-lo em uma possível decisão de ir embora do país porque vê o jogador como pilar da construção do seu futuro.
Protagonismo
Por isso, mesmo propostas financeiramente altas não são interessantes ao maior vencedor da história da Champions. O camisa 20 só seria negociado se, para o seu lugar, chegasse um reforço capaz de assumir imediatamente o protagonismo da equipe e que ainda tivesse uma longa vida útil nos gramados, como Mbappé.
Pela primeira vez desde que começou a ser alvo frequente de racismo na Espanha, Vini abriu a possibilidade de deixar o Real e forçar uma transferência para um clube de outro país.
No domingo, após os incidentes na partida contra o Valencia, em Mestalla, o brasileiro publicou uma nota oficial afirmando estar "forte para lutar até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui".
O tom da declaração do brasileiro mexeu com a diretoria merengue. Ontem, o presidente do Real teve uma reunião com Vini e prometeu ir "até as últimas consequências" em sua defesa.
A principal reclamação do astro é com uma suposta omissão da La Liga, entidade que organiza o Campeonato Espanhol, em punir quem pratica ofensas raciais nos estádios. Pelas redes sociais, o atacante vem discutindo há meses com o presidente do órgão, Javier Tebas.
Revelado nas categorias de base do Flamengo, Vini está no Real desde 2018 e já soma 59 gols e 64 assistências em 224 partidas oficiais com o tradicionalíssimo uniforme branco.
Na atual temporada, ele é o vice-artilheiro do time (23 gols, contra 29 de Karim Benzema) e o jogador que mais participou ativamente de jogadas que terminaram com a bolas nas redes adversárias (44, já que distribuiu também 21 assistências).
Terceiro colocado no Espanhol, com 71 pontos, 14 a menos que o campeão, Barcelona, o Real tem só mais dois jogos pela frente até o encerramento da temporada. Neste sábado, visita o Sevilla. E, no domingo seguinte, recebe o Athletic Bilbao.
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