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Com futuro em xeque, clube de Ronaldo na Espanha tenta evitar rebaixamento
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Em meio a rumores de que pode ser vendido nos próximos meses por Ronaldo, o Valladolid tem mais 180 minutos de futebol pela frente para sobreviver ao "piripaque" que o atingiu na reta final da temporada e evitar o rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Espanhol.
A equipe violeta, que tem o Fenômeno como proprietário e presidente, entra na penúltima rodada da La Liga ocupando a 18ª colocação, a última que significa descenso para a segundona.
Com 38 pontos, o Valladolid tem a mesma pontuação de Getafe (16º) e Cádiz (17º), mas leva desvantagem nos critérios de desempate. Almería (39), Celta (40) e Valencia (40) também ainda correm risco de disputar a divisão de acesso a partir do segundo semestre.
Apesar de hoje figurar na zona de rebaixamento, o o time dirigido pelo uruguaio Paulo Pezzolano (ex-Cruzeiro) só depende das suas forças para escapar da queda, já que tem pela frente dois confrontos diretos pela permanência na elite. Amanhã, visita o Almería. E, no domingo seguinte, recebe o Getafe.
Mas nem essa notícia positiva é suficientemente reconfortante para um clube que não imaginava que teria que lutar até o fim para ter o direito de continuar jogando contra os melhores da Espanha por mais um ano.
Vice-campeão da segunda divisão na temporada passada, o Valladolid passou apenas sete das 36 rodadas já disputadas em 2022/23 na zona de rebaixamento. Durante a maior parte do campeonato, esteve no meio da tabela e com uma vantagem confortável para o grupo do descenso.
Um mês atrás, no encerramento da 30ª rodada, ocupava uma relativamente tranquila 14ª colocação e tinha cinco pontos de diferença para o Almería, então dono do primeiro passaporte para a segundona.
Só que aí o time de Pezzolano entrou em parafuso. Emendou cinco derrotas consecutivas (para Valencia, Atlético de Madri, Rayo Vallecano, Sevilla e Cádiz), ingressou na zona de rebaixamento e viu o risco da volta à segundona crescer em seu retrovisor.
Menos mal que, na última terça-feira, a equipe conseguiu uma improvável vitória sobre o já campeão antecipado, Barcelona, encerrou a sequência de resultados negativos e evitou de se afundar ainda mais na classificação.
Só que o triunfo por 3 a 1 para os catalães não foi suficiente pra tirar o Valladolid do risco de volta à segundona e, muito menos, de aliviar o clima de incertezas que paira sobre o futuro do clube.
Durante a semana, começou a circular em perfis de redes sociais ligados a torcedores do Cruzeiro a informação de que Ronaldo teria colocado à venda suas ações do clube espanhol para poder se dedicar mais à gestão da equipe de Belo Horizonte, cuja SAF também é de sua propriedade.
O diário esportivo espanhol "Marca" e o jornal mineiro "O Tempo" também publicaram essa informação. Procurada pelo "Blog do Rafael Reis", a assessoria de imprensa do antigo camisa 9 da seleção brasileira se calou e não respondeu às perguntas feitas pela reportagem.
Ronaldo é dono de 82% das ações do Valladolid. Ele dirige a equipe espanhola desde 2018 e já passou por um ciclo completo de rebaixamento e conquista do acesso à primeira divisão por lá.
O maior orgulho da sua administração está na esfera administrativa: o Valladolid conseguiu reduzir consideravelmente suas dívidas e hoje é clube superavitário (ou seja, que arrecada mais do que gasta). Na prática, que dá lucro.
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