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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Novo time de Messi é lanterna na MLS, tem ex-Santos e reservou a camisa 10

Colunista do UOL

08/06/2023 04h20

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O Inter Miami, clube que Lionel Messi escolheu para dar sequência à sua carreira, é internacionalmente lembrado por ter o ex-jogador inglês David Beckham como presidente e um dos principais acionistas.

Mas, além dessa informação amplamente difundida desde a fundação da franquia, em 2018, poucos dados a respeito do time norte-americano são de conhecimento da maior parcela do público.

Com exceção de quem acompanha de perto a MLS (Major League Soccer) e já está habituado ao Inter Miami, a história e o presente do novo time de Messi é uma incógnita até mesmo para os fãs do craque argentino.

Muito prazer, Inter Miami

Além de Beckham, o clube também tem como principais acionistas os irmãos Jorge e José Mas, donos de uma multinacional do ramo da construção civil e do Zaragoza, que joga na segunda divisão espanhola, além do fundo de investimentos Ares Management.

A equipe estreou na MLS em 2020 e só no ano passado conseguiu chegar pela primeira vez aos playoffs decisivos. Mesmo assim, foi eliminada pelo New York City (3 a 0) já no primeiro mata-mata.

O maior artilheiro da história da franquia é Gonzalo Higuaín, ex-companheiro de Messi na seleção argentina, que marcou 29 gols entre 2020 e 2022. Já o mexicano Victor Ulloa, com 74 partidas, é o recordista de jogos.

Higuaín era também quem vestia a camisa 10 até a temporada passada. Com sua aposentadoria, a diretoria resolveu "congelar" o número à espera da sua mais aguardada contratação.

Em 2023, o Inter Miami mais perdeu (11) do que venceu (7) partidas. Na MLS, o time vem de cinco derrotas consecutivas e ocupa a lanterna da Conferência Leste, com 15 pontos somados em 16 rodadas.

A sequência de maus resultados custou o emprego do técnico inglês Phil Neville, ex-parceiro de Beckham no Manchester United. Desde o começo do mês, a equipe tem sido comandada pelo interino Javier Morales.

Dois brasileiros fazem parte do elenco do Inter Miami: o volante Gregore (ex-Bahia) e o meia Jean Mota (ex-Santos), que era o destaque do time no começo da temporada até precisar passar por uma cirurgia no joelho, no fim de abril.

A decisão de Messi

A definição de que o craque da Copa do Mundo-2022 irá para os Estados Unidos encerra meses de especulação sobre o que ele faria depois do fim do seu contrato com o Paris Saint-Germain.

Criticado pela parte mais radical dos torcedores franceses, Messi nem chegou a abrir negociações mais concretas para renovar com o clube da Cidade Luz.

Sua prioridade era retornar para o Barcelona. No entanto, as indefinições sobre a viabilidade econômica da sua contratação pelos culés (que dependia de uma série de cortes de custo e venda de jogadores que o clube teria de cumprir) minaram esse plano.

Messi também tinha em mãos uma proposta milionária do governo da Arábia Saudita, novo eldorado do futebol mundial, para jogar no Al-Hilal, principal rival do Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo.

De acordo com o site "The Athletic", a proposta que convenceu o argentino a se mudar para os Estados Unidos inclui, além do salário, participação em receitas do streaming Apple +, uma bonificação da Adidas, patrocinadora oficial da MLS, e até facilidades na obtenção de licença para a futura compra de um clube após a aposentadoria.