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Jogadora diz que suecas tiveram de expor genitais para jogar Copa do Mundo
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As jogadoras da seleção sueca feminina de futebol foram obrigadas a depilar as partes íntimas e precisaram mostrar suas genitais para um médico homem para poderem participar da Copa do Mundo-2011.
A revelação foi feita pela zagueira Nilla Fischer, um dos nomes mais importantes da história da modalidade no país nórdico, em sua recém-lançada autobiografia.
O exame tinha como objetivo comprovar que todas as atletas que seriam inscritas no torneio realmente possuíam órgão sexual feminino -a exigência da depilação tinha como finalidade impedir que os pelos pubianos pudessem camuflar um pênis.
O que aconteceu?
O teste de gênero foi adotado por causa da suspeita da Fifa de que algumas seleções, especialmente a de Guiné Equatorial, planejavam levar para o torneio na Alemanha atletas homens disfarçados de mulheres.
Devido ao risco de fraude, a entidade solicitou que as associações nacionais participantes do torneio realizassem uma "investigação ativa" sobre o gênero das suas jogadoras e atestassem que todas elas possuíam o órgão genital feminino.
A Fifa, no entanto, não definiu como deveria ser feita essa investigação. A adoção de um exame visual das genitais foi uma decisão da Associação Sueca de Futebol.
A Suécia é uma das seleções mais tradicionais do cenário internacional de futebol feminino. O país da técnica Pia Sundhage, que hoje dirige o Brasil, já foi uma vez vice-campeão mundial e tem três terceiras posições no currículo. Em Jogos Olímpicos, faturou duas medalhas de prata.
O que foi dito
Há outras formas de fazer esse teste. Deveríamos ter nos recusado a participar? Talvez. Mas ninguém queria colocar em risco a oportunidade de disputar um Mundial. Só tínhamos que fazer essa mer**, por mais humilhante que fosse.
Nilla Fischer, ao jornal sueco "Aftonbladet"
Quando toda nossa equipe foi avaliada, que dizer, mostrou a vagina, o médico pôde atestar que a seleção feminina de futebol da Suécia era formada exclusivamente por mulheres.
Nilla Fischer, ao jornal sueco "Aftonbladet"
A Fifa não tomou essa decisão para prejudicar alguém. Pelo contrário, o mundo do esporte adota medidas como essa para levar justiça às meninas que treinaram duro a vida toda e não permitir que elas percam para alguém que possui uma vantagem incalculável.
Mats Börjesson, médico da Suécia na Copa-2011.
Copa do Mundo-2023
A Suécia é uma das seleções participantes da Copa do Mundo feminina deste ano, que será disputada entre os dias 20 de julho e 20 de agosto, em dois países diferentes, Austrália e Nova Zelândia.
As escandinavas estão no Grupo G, que será todo jogado em território neozelandês. Suas adversárias na primeira fase serão África do Sul, Itália e Argentina.
A nona edição da competição organizada pela Fifa será a maior da história. Pela primeira vez, o título mundial será disputado por 32 seleções, formato que foi usado na versão masculina entre a França-1998 e o Qatar-2022.
Os Estados Unidos são os atuais bicampeões e também os maiores vencedores da Copa feminina, com quatro títulos. Alemanha (duas vezes), Noruega e Japão são os outros países que subiram ao lugar mais alto do pódio.
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