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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Brasil pode jogar um terço das eliminatórias e pegar Argentina com interino

Colunista do UOL

20/06/2023 04h00

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Ao decidir esperar pelo fim do contrato de Carlo Ancelotti com o Real Madrid em junho de 2024, a CBF opta também por deixar a seleção brasileira nas mãos de um técnico interino durante as seis primeiras rodadas das eliminatórias da Copa do Mundo-2026. Existe, porém, a possibilidade de chegada anterior do italiano, segundo Rodrigo Mattos, colunista do UOL.

Se o treinador só chegar daqui um ano, o Brasil terá um interino em um terço das 18 rodadas que compõe o processo qualificatório da América do Sul para a próxima edição do torneio da Fifa, que será organizada em conjunto por Canadá, Estados Unidos e México.

Como as eliminatórias da Conmebol classificarão 60% das dez seleções participantes (seis vagas) para o Mundial e ainda proporcionarão à sétima colocada o direito de jogar uma repescagem, esse "detalhe" não foi considerado preocupante pelo comando da CBF.

Quais são os jogos em que o Brasil ainda terá técnico interino?

Hoje, a partir das 16h (de Brasília), contra Senegal, em amistoso em Lisboa (Portugal)

Data Fifa de setembro: contra Bolívia e Equador, pelas eliminatórias da Copa-2026

Data Fifa de outubro: contra Venezuela e Uruguai, pelas eliminatórias da Copa-2026

Data Fifa de novembro: contra Colômbia e Argentina, pelas eliminatórias da Copa-2026

Data Fifa de março/24: dois amistosos, um deles contra a Espanha

Copa América é incerteza

Caso o Real obrigue Ancelotti a permanecer vinculado somente ao clube até o último dia do seu contrato, o Brasil corre risco de precisar apelar para um interino até mesmo na Copa América de 2024.

A competição que será disputada nos EUA tem início previsto para o dia 14 de junho, enquanto o acordo selado entre o treinador italiano e o time espanhol se encerra no término do mês.

No entanto, os compromissos oficiais do Real na próxima temporada irão no máximo até 1º de junho, data prevista para a final da Liga dos Campeões da Europa. Caso não chegue à final da Champions, o elenco sairá de férias pelo menos uma semana antes.

Ou seja, não há nenhum conflito de calendário que impeça uma liberação antecipada do treinador a tempo de dirigir o Brasil na Copa América e mesmo nos treinos e possíveis amistosos preparatórios para o torneio.

Quem comandará a seleção até a chegada de Ancelotti?

Mesmo que o treinador efetivo só chegue daqui um ano, a seleção não continuará nas mãos de Ramon Menezes... pelo menos, não só nas dele.

A CBF ainda contratará um técnico interino de transição para trabalhar ao lado do atual "tapa-buracos" e preparar o time para a chegada do italiano.

Ao contrário de alguns rumores iniciais, Davide Ancelotti, filho do treinador e seu auxiliar no Real, não será esse nome. Essa arquitetura foi descartada porque poderia passar ao clube espanhol a impressão de que seu técnico cumpriria o último ano de contrato já dividindo a atenção com o trabalho posterior.