Em nova crise do PSG, Marquinhos perde força e pode deixar de ser capitão
Neymar se mudou para a Arábia Saudita, Kylian Mbappé foi reintegrado ao elenco e até já estreou na temporada. Mesmo assim, engana-se quem pensa que a paz voltou a reinar no Paris Saint-Germain.
O clube da capital francesa está novamente mergulhado em confusão. E a crise da vez tem como protagonista um dos poucos nomes que sempre pareceram ser unanimidade no Parc-des-Princes.
Titular do PSG há uma década, o zagueiro brasileiro Marquinhos deixou de se ser tratado como intocável desde a chegada do técnico Luis Enrique e agora corre risco de perder a braçadeira de capitão.
Passeio pelo banco
Os primeiros sinais de que as coisas não andavam muito bem para o dono da camisa 5 foram dados na partida de abertura da temporada, contra o Lorient, dois fins de semana atrás.
Apesar de o brasileiro não ter nenhum problema físico que justificasse ser barrado da escalação inicial, o novo treinador do PSG decidiu deixá-lo no banco de reservas e só o colocou em campo depois dos 35 minutos do segundo tempo.
Marquinhos retomou a titularidade contra o Toulouse, no último sábado. No entanto, a expectativa na França é que, durante a temporada, ele se reveze bastante com o português Danilo Pereira, um volante de origem que, em tese, melhora o controle de bola e o passe parisiense (obsessões de Luis Enrique).
Liderança questionada
Como Marquinhos deixou de ser um dos intocáveis do PSG, sua permanência como capitão do time também passou a ser questionada.
De acordo com a RMC Sports, Luis Enrique chegou a organizar uma eleição com o elenco para saber se o brasileiro deveria ou não continuar vestindo a faixa.
E, apesar de Marquinhos ter conseguido a aprovação da maioria dos companheiros de equipe para ser mantido na função, alguns dos líderes do elenco defendem que a braçadeira deveria ser repassada para Mbappé.
A mudança seria uma forma de expurgar de vez os fantasmas da era "Messi e Neymar", de quem Marquinhos era bem próximo, e também de aumentar os agrados feitos ao atacante francês, que está no último ano de contrato do PSG e cuja permanência para a próxima temporada ainda é uma incógnita.
Deixando a desejar
Vencedor de nove das últimas 11 temporadas do Francês, o Paris Saint-Germain tem tido um início de temporada com resultados bem abaixo da expectativa.
A equipe da capital não venceu nas duas primeiras rodadas da Ligue 1 (empates por 0 a 0 com o Lorient e 1 a 1 com o Toulouse) e já está quatro pontos atrás de Monaco e Brest, equipes que continuam com 100% de aproveitamento na competição.
No sábado, a equipe de Marquinhos tem mais um compromisso duro pela frente. O adversário da vez é o Lens, atual vice-campeão nacional, que terminou o torneio de 2022/23 a apenas um ponto do PSG.
Reportagem
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