Por onde andam 7 técnicos estrangeiros que trabalharam em clubes do Brasil?
A maior parte dos torcedores do Flamengo sabe que Jorge Jesus é hoje técnico do Al-Hilal e tem Neymar como um dos seus comandados. O botafoguense também não tem problema para lembrar que Luís Castro também está trabalhando na Arábia Saudita, no Al-Nassr, equipe de Cristiano Ronaldo.
Mas nem todos os técnicos estrangeiros que passaram pelo Brasil ao longo da última década estão em postos tão fáceis assim de serem enxergados. A regra é justamente o contrário.
Por isso, o "Blog do Rafael Reis" mostra abaixo por onde andam sete profissionais dos bancos de reservas importados do exterior que se arriscaram nos maiores clubes do futebol pentacampeão mundial nos últimos tempo e que hoje dão sequência às suas trajetórias profissionais bem longe daqui.
DOMÈNEC TORRENT
Espanhol, 61 anos
Dirigiu o Flamengo em 2020
Classificação e jogos
Três anos depois da trágica passagem pelo futebol brasileiro, o ex-auxiliar de Pep Guardiola continua em voo solo. Seu único trabalho após deixar o Flamengo foi no Galatasaray. E, por lá, igualmente se deu mal. Dome foi técnico do time de Istambul durante cinco meses no ano passado e acabou não tendo o contrato renovado depois de terminar o Campeonato Turco em uma trágica 13ª colocação, a pior campanha de toda a história do clube.
PAULO SOUSA
Português, 52 anos
Dirigiu o Flamengo entre 2022
Ao contrário de Dome, tem conseguido mostrar longe da Gávea que é sim um treinador de recursos. Paulo Sousa foi a sensação da reta final do último Campeonato Italiano, quando conseguiu emendar uma sequência de dez rodadas sem perder com a modesta Salernitana. Depois de ajudar o clube a escapar do rebaixamento, o português chegou a ser sondado pelo campeão Napoli, mas acabou continuando no emprego para a atual temporada.
MIGUEL ÁNGEL RAMÍREZ
Espanhol, 38 anos
Dirigiu o Internacional em 2021
Depois de não conseguir repetir no Brasil o sucesso que fazia no Independiente del Valle, o espanhol migrou para os Estados Unidos e passou quase um ano inteiro à frente do Charlotte FC. Em janeiro, retornou ao seu país de origem para dirigir o tradicional Sporting Gijón na segunda divisão. Na primeira temporada, conseguiu livrar o time do rebaixamento. Por isso, foi mantido no cargo.
RICARDO GARECA
Argentino, 65 anos
Dirigiu o Palmeiras em 2014
Sempre lembrado por ter enchido o Palmeiras de jogadores argentinos, realizou um ótimo trabalho à frente da seleção peruana e até a classificou para Copa-2018. Em março, aceitou retornar ao futebol de clubes e assinou com o Vélez Sarsfield. Doze jogos depois, com direito a sete empates e quatro derrotas, acabou sendo demitido.
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Quero receberJESUALDO FERREIRA
Português, 77 anos
Dirigiu o Santos em 2020
Um dos técnicos portugueses mais importantes da sua geração, teve uma passagem pouco produtiva pelo Santos justamente no momento em que o futebol foi paralisado pela pandemia. Seu trabalho mais recente foi à frente do Zamalek, do Egito, onde ficou por exatamente um ano até o último mês de março. Lá, viveu a bizarra experiência de precisar sacar dois jogadores de uma partida porque eles estavam sob efeito de maconha.
JUAN CARLOS OSORIO
Colombiano, 62 anos
Dirigiu o São Paulo em 2015
Elogiado mais pelo estilo de trabalho do que pelos resultados que colheu no São Paulo, passou pelas seleções de México e Paraguai, teve um revival no Atlético Nacional e ajudou o América de Cali a se reerguer no futebol colombiano. Em abril, foi contratado pelo Zamalek, arquirrival do tradicional Al-Ahly, com quem costuma dividir os títulos do Campeonato Egípcio (terminou a última temporada no terceiro lugar).
REINALDO RUEDA
Colombiano, 66 anos
Dirigiu o Flamengo em 2017
O Flamengo foi o último clube dirigido pelo colombiano. Depois de deixar o futebol brasileiro, Rueda passou a se dedicar exclusivamente a seleções. Primeiro, passou três anos dirigindo o Chile. Depois, falhou na tarefa de classificar a Colômbia para a Copa-2022. No mês passado, foi anunciado como comandante de Honduras no ciclo do Mundial-2026, que será organizado justamente em três países da Concacaf (Estados Unidos, México e Canadá).
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