'Senhores Libertadores': quem são os técnicos com mais títulos que Abel?
Abel Ferreira está a quatro resultados positivos de se transformar no segundo treinador mais vitorioso da história da Copa Libertadores da América.
O técnico do Palmeiras, que tem tudo para confirmar nesta noite sua classificação para as semifinais do torneio (já goleou o Deportivo Pereira por 4 a 0, semana passada, na Colômbia), faz parte atualmente de um grupo de 12 profissionais dos bancos de reservas que levantaram o troféu mais cobiçada do futebol sul-americano em duas oportunidades.
Mas se levar a equipe alviverde à terceira conquista nos últimos quatro anos, o português deixará nomes como Telê Santana, Luiz Felipe Scolari, Lula, Paulo Autuori e Marcelo Gallardo para trás. Aí, só terá um argentinos pela frente no ranking histórico da competição.
Carlos Bianchi, o maior de todos
O maior campeão da história da Libertadores é também o recordista de participações em finais do torneio. Carlos Bianchi jogou cinco decisões... e ganhou quatro.
Classificação e jogos
Seu primeiro título foi conquistado com o Vélez Sarsfield, em 1994, contra uma equipe brasileira, o São Paulo, a quem derrotou nos pênaltis. Depois, na virada do século, faturou três edições do torneio com o Boca Juniors que tinha Juan Román Riquelme como estrela máxima.
Após levantar o troféu em 2000, 2001 e 2003, "El Virrey" ainda foi com o time da Bombonera à decisão de 2004, mas acabou derrotado pelo surpreendente Once Caldas. Depois de encerrar seu ciclo no clube, mudou-se para a Espanha, onde não deu muito certo à frente do Atlético de Madri.
Em 2013, retornou ao Boca para uma terceira e derradeira passagem. E, no ano seguinte, encerrou a carreira de técnico.
Osvaldo Zubeldía, tri de verdade
Em 63 anos de história, a Libertadores só viu dois clubes emendarem três títulos consecutivos. O primeiro deles foi o Estudiantes de la Plata, que se sagrou tricampeão de fato entre 1969 e 1971 sob o comando de Zubeldía.
O técnico argentino passou seis temporadas trabalhando no antigo estádio Jorge Luis Hirschi. Quando lá chegou, o Estudiantes era um clube que lutava contra o rebaixamento e só tinha um título de primeira divisão (ainda na era amadora). No momento em que foi embora, deixou para trás uma equipe tricampeã continental e com um Mundial no currículo.
Zubeldía foi um técnico revolucionário, ainda que suas contribuições muitas vezes sejam vistas como armas do antijogo. Foi ele quem começou a popularizar a ideia das faltas táticas: as infrações cometidas por ordem de um treinador para evitar os avanços adversários.
Vai dar Brasil?
Com os títulos de Flamengo (2019 e 2022) e Palmeiras (2020 e 2021), a Libertadores vive atualmente a maior hegemonia já construída pelo futebol brasileiro, igualando série de 2010 a 2013. A Argentina também já chegou a emendar quatro títulos consecutivos, entre 1967 e 1970 e de 1972 a 1975.
A terra de Alfredo Di Stéfano, Diego Maradona e Lionel Messi continua sendo a maior vencedora do torneio. São 25 taças levantadas por clubes do país tricampeão mundial, contra 22 dos seus vizinhos que têm mandado nas edições mais recentes.
Neste ano, a Libertadores continuará adotando o modelo de final em jogo único e com sede pré-definida. A decisão está marcada para o dia 4 de novembro e será jogada no estádio do Maracanã, que já foi palco do jogo do título de 2020.
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