Rafael Reis

Rafael Reis

Siga nas redes
Reportagem

'Senhores Libertadores': quem são os técnicos com mais títulos que Abel?

Abel Ferreira está a quatro resultados positivos de se transformar no segundo treinador mais vitorioso da história da Copa Libertadores da América.

O técnico do Palmeiras, que tem tudo para confirmar nesta noite sua classificação para as semifinais do torneio (já goleou o Deportivo Pereira por 4 a 0, semana passada, na Colômbia), faz parte atualmente de um grupo de 12 profissionais dos bancos de reservas que levantaram o troféu mais cobiçada do futebol sul-americano em duas oportunidades.

Mas se levar a equipe alviverde à terceira conquista nos últimos quatro anos, o português deixará nomes como Telê Santana, Luiz Felipe Scolari, Lula, Paulo Autuori e Marcelo Gallardo para trás. Aí, só terá um argentinos pela frente no ranking histórico da competição.

Carlos Bianchi, o maior de todos

O maior campeão da história da Libertadores é também o recordista de participações em finais do torneio. Carlos Bianchi jogou cinco decisões... e ganhou quatro.

Seu primeiro título foi conquistado com o Vélez Sarsfield, em 1994, contra uma equipe brasileira, o São Paulo, a quem derrotou nos pênaltis. Depois, na virada do século, faturou três edições do torneio com o Boca Juniors que tinha Juan Román Riquelme como estrela máxima.

Após levantar o troféu em 2000, 2001 e 2003, "El Virrey" ainda foi com o time da Bombonera à decisão de 2004, mas acabou derrotado pelo surpreendente Once Caldas. Depois de encerrar seu ciclo no clube, mudou-se para a Espanha, onde não deu muito certo à frente do Atlético de Madri.

Em 2013, retornou ao Boca para uma terceira e derradeira passagem. E, no ano seguinte, encerrou a carreira de técnico.

Osvaldo Zubeldía, tri de verdade

Em 63 anos de história, a Libertadores só viu dois clubes emendarem três títulos consecutivos. O primeiro deles foi o Estudiantes de la Plata, que se sagrou tricampeão de fato entre 1969 e 1971 sob o comando de Zubeldía.

Continua após a publicidade

O técnico argentino passou seis temporadas trabalhando no antigo estádio Jorge Luis Hirschi. Quando lá chegou, o Estudiantes era um clube que lutava contra o rebaixamento e só tinha um título de primeira divisão (ainda na era amadora). No momento em que foi embora, deixou para trás uma equipe tricampeã continental e com um Mundial no currículo.

Zubeldía foi um técnico revolucionário, ainda que suas contribuições muitas vezes sejam vistas como armas do antijogo. Foi ele quem começou a popularizar a ideia das faltas táticas: as infrações cometidas por ordem de um treinador para evitar os avanços adversários.

Vai dar Brasil?

Com os títulos de Flamengo (2019 e 2022) e Palmeiras (2020 e 2021), a Libertadores vive atualmente a maior hegemonia já construída pelo futebol brasileiro, igualando série de 2010 a 2013. A Argentina também já chegou a emendar quatro títulos consecutivos, entre 1967 e 1970 e de 1972 a 1975.

A terra de Alfredo Di Stéfano, Diego Maradona e Lionel Messi continua sendo a maior vencedora do torneio. São 25 taças levantadas por clubes do país tricampeão mundial, contra 22 dos seus vizinhos que têm mandado nas edições mais recentes.

Neste ano, a Libertadores continuará adotando o modelo de final em jogo único e com sede pré-definida. A decisão está marcada para o dia 4 de novembro e será jogada no estádio do Maracanã, que já foi palco do jogo do título de 2020.

Continua após a publicidade
Siga o UOL Esporte no

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.