Rafael Reis

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Necessitado, Flamengo sofre com pior Gabigol desde fracasso na Europa

O Flamengo precisa de gols para reverter a vantagem do São Paulo e conquistar o título da Copa do Brasil. O problema é que seu atacante mais badalado não tem contribuído como de costume nesse quesito.

Artilheiro do time carioca nas últimas quatro temporadas, Gabriel Barbosa vive neste ano sua maior escassez de bolas nas redes desde sua desastrosa passagem pelo futebol europeu.

Em 2023, o camisa 10 rubro-negro soma 20 gols em 48 partidas. É verdade que a média de 0,41 tento por jogo disputado está longe de ser um desastre, mas está bem aquém dos números que o astro costuma entregar.

Nos seus dois anos mais produtivos pelo Flamengo (2019 e 2021), Gabigol ostentou uma frequência superior a 0,70 gol por jogo. Mesmo na temporada passada, quando já foi mais econômico, ele marcou em média 0,46 vez por partida em que foi escalado.

A última vez em que o atacante encontrou tantas dificuldades para balançar as redes adversárias foi quando tentou a sorte (e se deu mal) na Europa. Na Inter de Milão, o brasileiro fez um gol em dez partidas. E, no Benfica, marcou uma vez em cinco jogos.

A queda no poder de fogo de Gabigol já começou a lhe custar o posto de jogador incontestável no sistema ofensivo do Flamengo.

Três semanas atrás, o atacante ficou no banco no clássico contra o Botafogo, algo que até pouco tempo parecia impossível de acontecer. Além disso, o camisa 10 não é mantido em campo até o apito final de uma partida há mais de dois meses -foi substituído (ou expulso) nas últimas seis partidas que disputou.

Hora errada

A final da Copa do Brasil chega no pior momento possível para o Flamengo. Afinal, o time de Gabigol só conseguiu vencer um dos últimos cinco jogos que disputou, contra o Botafogo, no começo do mês, pelo Brasileiro.

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Em 2023, a equipe rubro-negra ainda não havia tido uma sequência tão ruim quanto a atual. A última série semelhante à atual acontecera no final do ano passado, quando só cumpria tabela na Série A e "apenas" venceu a partida que lhe deu o título da Libertadores.

Derrotado em casa por 1 a 0 no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, no último fim de semana, o time dirigido por Jorge Sampaoli precisa derrotar o São Paulo, neste domingo, no Morumbi, por pelo menos dois gols de diferença para levantar seu primeiro (e provavelmente único) troféu da temporada. Caso ganhe por vantagem mínima, o campeão será conhecido nos pênaltis.

Média de gols de Gabriel Barbosa

2023 (Flamengo): 0,41 por partida (20 gols em 48 jogos)
2022 (Flamengo): 0,46 por partida (29 gols em 63 jogos)
2021 (Flamengo): 0,75 por partida (34 gols em 45 jogos)
2020 (Flamengo): 0,63 por partida (27 gols em 43 jogos)
2019 (Flamengo): 0,73 por partida (43 gols em 59 jogos)
2018 (Santos): 0,52 por partida (27 gols em 52 jogos)
2017/18 (Benfica): 0,20 por partida (1 gol em 5 jogos)
2016/17 (Inter de Milão): 0,10 por partida (1 gol em 10 jogos)

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