Rafael Reis

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Era para ser fácil? Neymar do Al-Hilal é pior que Neymar do PSG

Quem imaginava que Neymar emendaria uma atuação de gala atrás da outra na Arábia Saudita (mais ou menos como Messi tem feito nos Estados Unidos) deve estar decepcionado com as primeiras atuações do brasileiro como jogador do Al-Hilal.

Apesar de já ter disputado três partidas por seu novo time (duas pelo campeonato nacional e uma na Liga dos Campeões da Ásia), o atacante ainda não conseguiu balançar as redes no Oriente Médio.

Pior: apesar de agora jogar em um futebol de nível técnico mais baixo, onde em tese é mais fácil se destacar, suas atuações neste começo de temporada estão abaixo do que ele costumava render quando ainda encarava a elite da Europa.

De acordo com o "Sofascore", plataforma de inteligência artificial que mede a performance dos jogadores a partir das estatísticas do que ele produz em campo, Neymar tem média de 7,27 desde que chegou na Arábia.

Na temporada passada, ainda no Paris Saint-Germain, seu desempenho foi consideravelmente superior. No Campeonato Francês, fechou com 7,69. E, na Liga dos Campeões da Europa, recebeu 7,45.

Aliás, durante toda a passagem de Neymar pela Europa, ele nunca fechou um ano com nota tão baixa quanto a atual. Seu pior resultado foi em 2021/22 (7,46) e o melhor, em 2018/19 (8,15).

Crise na Arábia

O futebol abaixo do esperado demonstrado pelo astro brasileiro não é o único problema com o qual o Al-Hilal está tendo de lidar neste começo de temporada.

Apesar de ocupar a vice-liderança do Saudita, com um ponto a menos que o Al-Ittihad, o time mergulhou na crise depois de emendar dois empates contra equipes teoricamente mais fracas: Dhamk, pelo campeonato nacional, e Navbahor, do Uzbequistão, na Champions asiática.

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Na quinta-feira, durante o empate por 1 a 1 com o Dhamk, torcedores se irritaram com a performance da equipe e chegaram a vaiar o técnico Jorge Jesus, algo que não é muito comum no Oriente Médio.

Contratado há menos de três meses, o ex-comandante do Flamengo está cada vez mais pressionado no cargo e corre risco de ser demitido já nos próximos dias.

A avaliação da diretoria do Al-Hilal é que o treinador português não conseguiu fazer com que o elenco estrelado do clube praticasse o futebol vistoso compatível com o investimento de 353,1 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão) feito para a chegada de reforços do porte de Neymar, Rúben Neves e Sergej Milinkovic-Savic.

O camisa 10 brasileiro e seus companheiros de time voltam a campo na segunda-feira, contra o Al-Jabalain, pela primeira rodada da Copa do Rei. No Saudita, o próximo compromisso é a partida contra o Al-Shabab, na sexta.

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