Rafael Reis

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Medo de estádio? Boca na Bombonera não chega aos pés do Palmeiras em casa

Foi-se o tempo em que jogar em La Bombonera era praticamente sinônimo de ser derrotado pelo Boca Juniors.

O Palmeiras visita amanhã o mítico estádio de Buenos Aires, no primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores da América, podendo dizer que, pelo menos neste ano, é um mandante mais poderoso e temido do que o adversário argentino.

Em 2023, a equipe comandada por Abel Ferreira conquistou 78,6% dos pontos em que teve o mando de jogo. Já o aproveitamento do Boca em seu campo está na casa de 66,7%. E, para piorar, tem caído semana após semana.

Um tropeço atrás do outro

Apesar de ter vencido mais da metade dos jogos em que atuou na Bombonera nesta temporada (14 de 24), o Boca vive uma fase péssima como mandante e só conseguiu ganhar uma das últimas cinco partidas que fez em casa.

Depois do 3 a 1 sobre a Platense, no dia 18 de agosto, os comandados do técnico Jorge Almirón atuaram mais três vezes em seus domínios: empataram com Racing e Lanús e perderam para o Tigre.

Curiosamente, o Boca ainda está invicto em casa nesta edição da Libertadores. Foram três vitórias na fase de grupos (Deportivo Pereira, Colo Colo e Monagas), além de dois empates por 0 a 0 nos mata-matas decisivos (Nacional e Racing).

Trauma do passado

O respeito/medo do Palmeiras por La Bombonera tem razões históricas. A equipe alviverde já disputou três partidas de mata-mata da Libertadores na casa do Boca, e nunca conseguiu vencer.

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Na decisão de 2000 e semifinal de 2001, duas edições vencidas pelo time de Buenos Aires, houve empate na Argentina. Já na semi de 2018, o Boca venceu por 2 a 0 na partida e encaminhou a classificação.

Curiosamente, a única vitória alviverde na Bombonera aconteceu justamente em 2018, mas na fase de grupos. Com gols de Keno e Lucas Lima, os brasileiros ganharam por 2 a 0 e terminaram com a melhor campanha da etapa classificatória.

'Palmeiras é Brasil'

Caso o Palmeiras desbanque o Boca e se classifique para a decisão, o título da Libertadores irá para um clube brasileiro pelo quinto ano consecutivo, já que a outra semifinal reúne Internacional e Fluminense. Essa marca jamais foi atingida pelo futebol pentacampeão mundial em mais de seis décadas de história da competição.

Apesar do domínio recente, construído graças às conquistas do Flamengo (2019 e 2022) e do próprio Palmeiras (2020 e 2021), o Brasil ainda continua atrás da Argentina no ranking de taças levantadas: 25 a 22.

Neste ano, a Libertadores continua adotando o modelo de final em jogo único e com sede pré-definida. A decisão está marcada para o dia 4 de novembro e será jogada no estádio do Maracanã, que já foi palco do jogo do título de 2020.

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